Três brasileiros subiram no lugar mais alto do pódio na edição 2015 do Dubya World Vet Motocross Championship, o Mundial de Motocross para veteranos que acontece anualmente em Glen Helen, a famosa pista na Califórnia, Estados Unidos. Richard Berois, Roque Colaman e Fábio Aleixo podem bater no peito e dizer que têm um título mundial.
Berois conquistou o campeonato na categoria 35+ Intermediate, além de um vice-campeonato na 40+ Expert (no sábado) e o terceiro lugar na mesma categoria, no domingo.
Aleixo foi campeão em duas classes 50+ Novice, uma vez no sábado e outra no domingo, e ainda correu a 50+ Novice 2, na qual foi vice-campeão. Aleixo ganhou três das seis baterias que disputou.
Colman venceu a categoria 70+ All, para pilotos com mais de 70 anos. O veterano ganhou três das quatro baterias disputadas, ficando também vice-campeão nas disputas de sábado, na mesma categoria.
Mais dois brasileiros participaram do evento com bons resultados. Everson Silva conquistou dois vice-campeonatos na 40+ Novice Div 2. Luciano Farias terminou em quinto na classe 40+ Novice.
O piloto Richard Berois enviou um relato bem interessante ao BRMX. Confira abaixo, na íntegra:
Sonho realizado e conquistado com muito trabalho. Cheguei em Glen Helen com três semanas de antecedência da corrida para me adaptar com o clima e o fuso horário e logo fui atrás de conseguir moto para treinar e competir. Por recomendação do piloto Jean Ramos, fiz contato com Dennis Stapleton para alugar uma motocicleta, fui direto para pista para tratar pessoalmente dos negócios, na qual fui muito bem atendido. Queria alugar uma moto KTM nova mais não foi possível, a única KTM 450 disponível era ano 2013 em perfeito estado, boa, mais percebi que a suspensão era muito mole, aí começamos a trabalhar forte até achar um acerto que me sentisse confortável. Mudamos a suspensão e a relação e começamos a treinar.
No dia 31 de outubro, participei da primeira corrida que aconteceu na pista de Glen Helen onde ia rolar o mundial – Octobercross. O evento foi só no sábado e a maioria dos pilotos que iriam participar do mundial estavam presentes. Foi importante minha participação para conhecer meus adversários diretos, um era sul-africano e dois americanos que me deram muito trabalho. Disputei do começo ao final da corrida e terminei em segundo colocado. Essa experiência foi boa para me preparar melhor e conhecer o sistema da competição.
No mundial me inscrevi nas categorias 35+ e 40+. Fiz quatro baterias no sábado e quatro no domingo. A primeira corrida foi da 40+, na qual terminei em terceiro colocado e em seguida já tive que alinhar novamente para a largada da 35+, que fiquei em primeiro colocado quando faltavam duas curvas para o final. Com esses resultados, fiquei mais focado na 35+ e tudo deu certo. Resultado – CAMPEÃO MUNDIAL, e na 40+ fiquei vice-campeão.
Lindo! Oito largadas. Oito largadas na ponta, mas os caras eram loucos, me passavam nas grandes descidas já na primeira volta, eu não arriscava porque a cada largada a pista já era outra, por conta dos grandes números de motos tentava administrar e atacava com segurança no decorrer da corrida.
Que pista. Motocross de verdade.
Gostaria de dedicar à minha parceira de longa data Ana Cristina e à minha família que estava na torcida por mim, e agradecer aos patrocinadores: Luciano Lâminas, Sudati, Rede Green, Mais Engenharia, Mormaii Knee Brace, Durag, ASW, Moto Shop, 5inco, Supermercado Chico e Novo Estilo de Vida por acreditarem no meu trabalho.