Após cada corrida, todo piloto tem uma visão peculiar sobre o que aconteceu na sua prova. O BRMX conversou com os cinco melhores da MX1 e MX2 após as corridas da primeira etapa do Brasileiro de Motocross 2015, realizada neste fim de semana, 16 e 17, em Limeira, São Paulo. Confira abaixo o que cada um achou de sua performance e da pista!
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Comentários dos pilotos da MX1
Paulo Alberto – 1-2
– Primeira bateria consegui arrancar na frente, foi mais fácil e consegui controlar alguma vantagem. Na segunda bateria, não arranquei bem, caí e fiquei em último, e ainda com algumas dores no cotovelo porque bati na moto do Jetro (Salazar). Consegui somar pontos. Na primeira etapa tinha que dar tudo, dei 150% de mim para terminar mais na frente possível, felizmente consegui ficar em primeiro na geral. Foi ótimo para mim. Estou bastante feliz – disse.
– A pista estava bastante difícil, tinha bastante buraco, os pilotos estavam bastante fortes e isso fez com que eu desse o máximo de mim para conseguir chegar em segundo (na segunda bateria). Não foi fácil, mas consegui um bom rendimento, o meu mecânico tem trabalhado bastante para deixar a moto boa para mim, e eu tenho treinado bastante e isso deu bastante frutos. Ainda bem que consegui sair daqui na frente – finalizou.
Carlos Campano – 3-1
– Final de semana foi bom, fiz 3-1 nas baterias em uma pista difícil, muito boa, com bastante buraco, areia, muito evoluída em relação ao ano passado. No sábado não me encontrei muito bem, não consegui treinar direito, passamos muito tempo acertando a moto, mas no domingo as coisas foram melhores. Na primeira bateria, larguei mal, tive que fazer corrida de recuperação, encontrei muitos pilotos rápidos na pista e quando cheguei no Wellington Garcia, ele me fechou muito, perdi cinco voltas pra ultrapassar ele, e os ponteiros abriram vantagem. E na segunda bateria, consegui largar melhor, me coloquei em primeiro logo no início e abri vantagem. O campeonato está muito disputado e é importante se manter entre os primeiros. Ninguém vai ganhar todas as baterias porque tem muitos pilotos fortes. É importante não errar e ficar sempre nas primeiras colocações – disse.
– Sobre a etapa, quando as coisas estão mal feitas, eu sou o primeiro a reclamar, mas aqui tenho que dar os parabéns. A pista estava bastante difícil, o que é bom para que todos evoluam. Foi uma pista de motocross de verdade, uma pista no nível de Canelinha, Indaiatuba e Carlos Barbosa – comparou.
Jean Ramos – 4-3
– Final de semana produtivo, apesar de que não consegui uma boa largada na primeira bateria e acabei me travando, lutei bastante, depois consegui recuperar até o quarto lugar. Na segunda bateria, consegui largar melhor e acompanhar o ritmo do Campano, mas a pista estava bem esburacada e neste tipo de terreno ainda estou me batendo um pouco com a moto. Mas estreei bem, muito melhor que no ano passado, e agora é focar em boas largadas e no acerto com a moto que sei que posso melhorar – contou Jean.
Sobre a estrutura do evento
– Aqui em Limeira é uma das melhores etapas, o pessoal de São Paulo comparece em peso, dá pra ouvir a torcida incentivando, a pista estava bem trabalhada, com bastante areia, sem poeira. O evento está de parabéns. Agora é seguir trabalhando para voltar a ter maior número de pilotos no gate – avaliou.
Jetro Salazar – 2-7
– O meu final de semana foi bom porque a gente saiu sem lesão, mas não foi o que a gente esperava. No sábado eu fiz o melhor tempo, coisa que nunca tinha feito, uma grande melhora do ano passado para agora. Hoje (domingo) na primeira bateria tive uma boa largada, larguei em segundo, tentei passar o Paulo (Alberto) mas não deu, daí ele abriu um pouco e fiquei em segundo. Na segunda bateria, tive uma largada muito ruim, meu pulo no gate não foi bom, tentei entrar na curva mas o Paulo caiu – acho que ele escorregou – e a moto ficou bem na minha frente. Não tinha nada que eu pudesse fazer, então bati nele e outra moto bateu em mim, e ficaram todos engatados. Então a moto desligou e até ligar de novo o grupo dos pilotos mais rápidos já tinha ido embora – contou.
– Só pensei: agora temos que fazer uma corrida de recuperação. Consegui passar o Paulo Alberto e vim em um ritmo muito bom, pegando os caras da frente, e quando fui passar o Ratinho, ele me jogou um pouco para fora, daí o Paulo passou e colocou um ritmo muito bom e já não consegui andar. Isso me desconcentrou muito, e consegui só uma sétima colocação. Podia ser muito melhor, mas a gente tirou um pódio, mesmo com esta segunda bateria que foi muito ruim, então está bom – avaliou.
– Também gostei muito da pista, um pouco difícil de fazer ultrapassagem porque só tinha uma trilha, mas é igual para todo mundo. Gostei da pista, foi muito boa – finalizou.
Adam Chatfield – 7-4
– Hoje (domingo) foi difícil. Tive uma largada ruim na primeira corrida, andei mal e acabei em sétimo. Na segunda fui mais feliz. Consegui uma largada melhor, terminei em quarto depois de brigar com Jean durante toda corrida. Foi muito difícil passar ele, é difícil passar ele, que está pilotando muito bem. Terminei em quinto na geral e minha meta era estar no Top 5, então fico feliz com o fim de semana – falou.
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Comentários dos pilotos MX2
Gustavo Pessoa – 2-1
– O fim de semana foi muito bom, no sábado me senti bem na pista, que era bem difícil mas mesmo assim me adaptei bem à ela, e foi um final de semana duro porque na primeira bateria eu caí e vim de trás. Não foi fácil passar os pilotos, pois está todo mundo rápido e de parabéns. Na segunda bateria eu consegui fazer uma boa largada, me concentrar, e fazer uma boa prova. Queria agradecer meu pai, minha mãe e o toda minha família. Acho que esta foi a pista mais difícil que já corri na minha vida, mas eu me senti muito bem e consegui fazer uma boa prova – disse.
Dudu Lima – 1-2
– A primeira bateria pra mim foi um pouco desgastante. Acabei não largando na frente e tive que fazer uma força para ganhar a prova. Na segunda, acabei não largando tão bem, e foi mais difícil ainda. Fiz mais força no começo para andar junto com o Héctor (Assunção) e acabei me cansando, mas graças a Deus deu tudo certo. Acabei fazendo segundo na geral e estou empatado no campeonato com o Gustavo (Pessoa). Agora é treinar para a próxima e se Deus quiser vencer – disse.
– A pista estava perfeita, com muita areia, do jeito que eu gosto. A organização está de parabéns pela prova – elogiou.
Hector Assunção – 3-6
– Não foi dos melhores finais de semana. Na primeira bateria, acabei cometendo um erro no gate, deixei a moto morrer e saí por último, mas fiz uma boa prova de recuperação. Acabei gastando bastante preparo físico, forcei bastante pra pegar os pilotos. Mas a segunda bateria foi melhor, consegui uma boa largada e estava na frente até o final da prova, quando infelizmente tive um problema mecânico e finalizei na sexta colocação, mas em terceiro no geral. Por fim, deu um bom começo de campeonato. Agora é treinar mais, consertar os erros e tentar vencer.
– A pista estava bem legal, muito técnica, tinha bastante buraco e estava cansando demais. Isso separou um pouco quem era mais acostumado, mais técnico. A pista estava show de bola. A estrutura também, foi uma excelente prova, excelente primeira etapa de Brasileiro – elogiou.
Pepê Bueno – 8-3
– A corrida foi boa. Na primeira bateria eu estava bem, em quinto, mas acabei caindo e vim de trás para terminar em oitavo e com a melhor volta da prova. Na segunda bateria, larguei melhor e imprimi um bom ritmo. No final, consegui atacar o Dudu (Lima), que era o segundo, e quase consegui passar, mas fiquei feliz com o terceiro lugar, quarto no geral. Me senti bem nas duas baterias, cansei no final da segunda, mas é preparar um pouco mais o físico e acho que terei um bom ano. Foi a primeira etapa do campeonato e ainda tem muito para rolar – avisou.
– A pista estava boa, bastante arenosa, tinha uma dificuldade maior. Os pilotos que sabem andar em buracos se sobressaem em pistas assim – concluiu.
João Ribeiro – 6-5
– Cometi muitos erros na primeira bateria por estar um pouco nervoso e acabei cansando no fim. Andei em terceiro mais da metade da prova, mas acabei caindo na última volta e isso prejudicou meu resultado. Na outra bateria, larguei mal e consegui recuperar bem. Começo de ano é importante somar pontos. Estou me sentindo bem, tenho velocidade, mas preciso melhorar a parte final da corrida – analisou.
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* Colaboração: Hirley Trieweiller