Há dez dias no Brasil, Julien Bill conversou nesta terça-feira, 21, com o BRMX para falar de suas primeiras impressões no país onde ele pretende brigar pelos títulos do Brasileiro de Motocross e Arena Cross.
Bem conhecido de Carlos Campano (poderíamos dizer até que são amigos), o suíço chegou ao Brasil por causa da indicação de Mike Fiorini, ex-integrante da equipe europeia Martin Honda, onde trabalhou com Julien na primeira década dos anos 2000. Em 2014, Mike viu a oportunidade de trazer Julien para o Brasil e, como trabalha com Wellington Valadares – chefe da equipe Honda e da IMS – indicou o piloto ao colega.
Deste modo, os campeonatos nacionais de 2014 no Brasil terão a presença de dois campeões mundiais da categoria MX3. Carlos Campano (campeão mundial em 2010) e o suíço (campeão mundial em 2011) anunciado pela equipe Honda nesta segunda-feira, 20.
Poliglota – Bill fala francês, inglês, espanhol e italiano – era acostumado a correr com o numeral #2 em homenagem a seu ídolo, Jeremy McGrath, mas no Brasil vai utilizar o #902 no number plate de sua Honda.
– Já corri com o #25, com o #15 e com outros números. Mas tive algumas temporadas azaradas com eles e, quando mudei para a Honda, decidi mudar tudo para ver se teria melhor sorte. Aí mudei para o #2, que é número do McGrath, meu grande ídolo, e fui campeão Mundial na MX3. Como no Brasil este número não estava mais disponível (Dudu Lima e Chumbinho já utilizam) fiz como acontece nos Estados Unidos, onde os “forasteiros” costumam utilizar o #9 na frente do número. Por isso, #902 – explica Julien.
As referências são boas. Em 2009, Bill e Campano tiveram desempenho semelhante no Mundial de MX1, terminando 17º e 16º, respectivamente, na classificação final. Bill também tem participações em Motocross das Nações pela equipe suíça e se dá bem tanto no motocross quanto no supercross.
– Conheço bem o Campano. É um cara legal. Costumávamos a conversar bastante em 2010 e 2011 – diz a respeito do adversário. – Ainda preciso algum tempo para me adaptar, especialmente com o calor e com as pistas, que são mais duras. Já vi alguns vídeos do Brasileiro e do Arena Cross e vi que o nível dos pilotos é bom – avalia.
Wellington Valadares deposita esperanças no gringo, que terá Wellington Garcia como companheiro na MX1, além de Jean Ramos e Adam Chatfield na equipe satélite IMS Vulcano Ipiranga Honda, também chefiada por Valadares.
– Ele é bastante rápido. Vai agregar muito ao campeonato e às disputas. O time ficou competitivo. A vinda do Jean também traz mais força – finaliza Valadares.
A estreia de Julien acontece no dia 22 de fevereiro, em Blumenau, Santa Catarina, na abertura do Arena Cross 2014. O restante da equipe Honda e os times satélites devem ser anunciados em breve.