* Texto: Carlos Campano
** Tradução: Christine Wesendonk
Este fim de semana fomos a Foz do Iguaçu para disputar a penúltima etapa do Brasileiro de Motocross. A 17 pontos dos líderes do campeonato, Adam Chatfield e Jorge Balbi, só me restava ganhar todas as baterias que faltam, e esse era nosso objetivo. O local da etapa de Foz do Iguaçu é muito especial, com lago, árvores em uma bonita cidade. Mas a pista, sem dúvida foi a pior do campeonato, com parte de velocidade excessiva, saltos mal acabados e um solo duríssimo, deixando muito perigoso qualquer erro, e acabou deixando muitos pilotos machucados.
Já no sábado começaram os problemas. Nos treinos livres a poeira não permitia pilotar tranquilo e então decidiram cancelar os cronometrados para tentar gradear e molhar a pista ao máximo para o domingo. Assim, no domingo, nos “mini-treinos” cronometrados, com a pista em melhores condições, consegui fazer o melhor tempo e cheguei confiante para a prova.
Larguei em quinto, logo passei para quarto, e durante os 15 primeiros minutos tive uma grande peleja com Jean Ramos pela terceira posição. Adam Chatfield estava em primeiro, mesmo que Wellington Garcia tenha liderado algumas voltas. Estavam perto, e quando consegui ultrapassar Jean Ramos pude alcançá-los. Depois de testar todos os traçados possíveis para poder ultrapassar Jean Ramos, sabia onde atacar e logo estava em primeiro. Mesmo Adam aumentando o ritmo, pude chegar em primeiro e ganhar novamente.
A segunda bateria não pude comemorar. O estado da pista, com muita poeira e com pouca luz devido o continuo atraso do horário para poder molhar e reparar as partes perigosas, fez com que os pilotos e a federação decidissem realizar a bateria na próxima etapa. Estou muito contente com minha pilotagem e com a equipe, que conseguiu deixar minha moto no ponto apesar das condições adversas. Foi uma corrida perigosa, mas saí sem tombos e recuperei pontos na luta pelo campeonato.
A final em Goiânia terá três bateria que decidirão tudo. Vamos dar 100% para tentar voltar a ganhar.