Brasileiros unidos, baladinhas, corridas com carrinho de golfe e banho no lago: Pepê Bueno conta os bastidores do Loretta Lynn\’s 2013

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Pepê Bueno competiu na 250B – Foto: Divulgação Pepê Bueno

* Texto: assessoria de imprensa Pepê Bueno
 
Se engana quem pensa que a rotina do Loretta Lynn’s 2013 foi só corrida. Teve muita diversão fora das pistas e passatempos de sobra para os pilotos, como tomar banho em lagos ou até mesmo frequentar “baladinhas” à noite.
 
O evento rolou entre os dias 29 de julho e 3 de agosto, no rancho da cantora country Loretta Lynn, localizado em Hurricane Mills, no estado do Tennessee, Estados Unidos. O brasileiro Pepê Bueno participou pela primeira vez neste ano e conta como foi a experiência na competição consagrada como “o maior campeonato de motocross amador do mundo”.
 
– Em primeiro lugar tenho que dizer que fiquei impressionado com o rancho. Fiquei apaixonado pelo lugar. É tão grande que tivemos que alugar um carrinho de golfe para se deslocar. E é muito bonito, cheio de lagos e árvores. Tinha muita coisa pra fazer além de competir – diz Pepê.
 
Pepê conta que ele e os outros brasileiros que participaram do Loretta – Enzo Lopes e Tauan Brenner – passaram a maior parte do tempo juntos, se ajudando, trocando informações sobre a pista e se divertindo com o evento.
 
– Nunca vi tanto motorhome na minha vida. Tinha mais de 1.500 pilotos. E todo mundo se reunia para andar de carrinho e \”motinha\” no box. A gente também aproveitava o tempo livre pra andar de pedalinho e nadar nos lagos. A galera saltava das árvores e tudo. Mas o que a gente mais fazia era andar de carrinho pelo box. Tinha até polícia cuidando pra ninguém passar dos limites. E à noite tinha festa também, uma balada para os pilotos, com som rolando e a galera dançando. Mas terminava cedo, no máximo às 23h, porque no outro dia tinha corrida – lembra.
 
O piloto estava acompanhado de seus pais e mais seu mecânico no motorhome alugado pela família. Os outros brasileiros estavam todos instalados da mesma forma, como vizinhos em motorhomes ao lado.
 
– A gente fazia tudo junto. As mães cozinhavam pra toda galera nos motorhomes. E quem ia primeiro pra pista voltava com as informações de traçado para os outros. Eu acordava às 7h, saia para correr a pé entre 30 e 40 minutos, depois tomava café, ia assistir a primeira bateria e esperava chegar a minha vez de ir para pista – revela, antes de continuar falando da manutenção da pista.
 
– Eles sempre conseguiam deixar a pista em boas condições. Sempre estava muito técnica, mas não perigosa. Mais de dez máquinas trabalhavam na pista para deixar ela perfeita para cada bateria – diz.
 
Por fim o atleta fala de seus resultados. Pepê ficou em 16º na soma das baterias da 250B Original e 19º na soma das baterias da 250B Modificada. Seu melhor desempenho em baterias foi a sexta colocação alcançada na última corrida da Modificada.
 
– Eu só conhecia os pilotos adversários por vídeos, e alguns eu vi e enfrentei nas classificatórias. Fiquei feliz com os resultados, afinal a categoria B, como todos sabem, não é nada fácil. É a categoria mais disputada e, de 40 pilotos, andei entre os 15 em quase todas as baterias. Os dez primeiros são pilotos patrocinados pelas fábricas, então o sexto na última bateria foi muito bom. Quando parei a moto no pódio e só tinha cinco na minha frente, todos eles oficiais, olhei para trás e vi os outros oficiais e fiquei muito feliz! – comemora.
 
– Se não fosse um problema mecânico na segunda bateria da Modificada, eu poderia ter ficado em uma posição melhor. Tinha feito uma largada muito ruim, mas consegui me recuperar bem e cheguei a andar perto do décimo colocado até quebrar minha moto. São coisas que acontecem – lamenta.
 
Na próxima quinta-feira, 8, Pepê volta ao Brasil para terminar o ano em terras tupiniquins. Vai encarar as três etapas restantes do Brasileiro de Motocross na categoria MX2, que acontecerão em Santa Catarina, Paraná e Goiás.
 
– Com certeza os objetivos foram cumpridos aos poucos aqui nos EUA. Agora tenho que continuar o trabalho, colocando em prática o que aprendi. Ano que vem, se tudo der certo, volto aos EUA para mais uma temporada – adianta.
 
 
Confira os resultados de Pepê Bueno no Loretta Lynn’s 2013
 
250B Original
Primeira bateria: 20º
Segunda bateria: 14º
Terceira bateria: 15º
Resultado final: 16º na geral
 
250B Modificada
Primeira bateria: 15º
Segunda bateria: DNF (não completou)
Terceira bateria: 6º
Resultado final: 19º na geral