Italiano encontrou equipe do BRMX na loja da Yamaha em Florianópolis, capital catarinense – Foto: Elton Souza / BRMX
David Philippaerts, piloto Monster Energy Yamaha, conversou com o BRMX na tarde desta quinta-feira, 17 de maio, antes de chegar a pista do Beto Carrero para competir no GP Brasil 2012.
Mesmo cansado das viagens entre Itália-México-Brasil, o vencedor da segunda bateria da MX1 no GP mexicano demonstrou simpatia e bom ânimo durante o bate-papo realizado em Florianópolis, capital catarinense. O piloto francês Christophe Charlier, da MX2, o acompanhava.
O Brasil traz boas lembranças para o italiano, já que o GP brasileiro de 2011, em Indaiatuba, foi vencido por ele – com um segundo lugar na bateria 1 e primeiro na bateria 2.
Atualmente, Philippaerts ocupa a sexta posição do campeonato. Tem 105 pontos contra os 178 do compatriota Antonio Cairoli, líder do campeonato.
Leia a seguir a conversa:
BRMX: O que esperar do GP Brasil 2012?
David Philippaerts: As expectativas são boas, já que ano passado eu ganhei o GP do Brasil, o que me ajuda para ficar ainda mais motivado.
BRMX: No México as coisas não foram muito boas, foram?
David Philippaerts: O GP do México foi ruim na questão pessoal, porque fui assaltado, levaram meu dinheiro e outras coisas, mas na corrida fui bem. Consegui o décimo lugar na primeira bateria e ganhei a segunda. E gostei das pessoas e da pista.
BRMX: Mas no sábado, vocês se recusaram a competir. O que aconteceu realmente?
David Philippaerts: Tinha muita poeira, e por isso não estava seguro. Com muitos pilotos na pista, você não enxergava nada. E foi por isso que não competimos nesse dia. Mas, a organização providenciou bastante água e preparou a pista para domingo. No dia da corrida estava perfeito.
BRMX: Você já havia presenciado algo parecido com isso?
David Philippaerts: Não, isso não é normal. Foi a primeira vez. O problema é que no México estava muito quente, cerca de 40 graus, e toda água que eles colocavam na pista, evaporava rapidamente. No domingo, colocaram muita água, de hora em hora, e a pista ficou boa.
BRMX: Pensando em campeonato, dá pra buscar o título?
David Philippaerts: Estou em sexto e isso é importante. Quero me manter entre os primeiros, e ainda temos muitas corridas pela frente. Meu foco é estar no topo.
BRMX: As viagens são muito cansativas. Você já está com saudade da Europa?
David Philippaerts: É um pouco difícil porque são muitas horas de voo. Foram três voos da Itália para chegar no México, mais três para vir ao Brasil e mais três para voltar para a Itália. Mudamos de hotel a todo instante. Muda o clima. No México estava muito quente e aqui no Brasil está perfeito, nem muito quente e nem muito frio. Estou feliz porque estamos na reta final desta viagem. Segunda-feira, voltamos para a Itália. Mas, estou gostando mais do Brasil do que do México. Aqui está mais parecido com a Europa, o que torna as coisas mais fáceis.
BRMX: Você tem acompanhado notícias do Campano?
David Philippaerts: Eu e o Campano somos amigos há mais tempo. Mas, não consigo acompanhar as corridas no Brasil porque temos muitas corridas na Europa, então não conheço outros pilotos. Estou feliz por ele. No Mundial as coisas são um pouco mais difíceis porque tem muitos pilotos. E se você corre na ponta, ganhando corridas, é melhor. Se você não ganha corridas, a motivação cai. Então, acho que correr no Brasil é uma grande motivação para ele.