X Games Brasil 2013 mostra dinamismo e pistas bem montadas como grande trunfo

||

X Games Brasil – Foto: Mau Haas / BRMX

 

Mais do que um texto jornalístico, de relato dos fatos, esta matéria se propõe a fazer rápidas análises após o BRMX presenciar quatro dias de X Games em Foz do Iguaçu, Paraná.

Nos esquivamos dos imediatismos para observar a competição, aprender com o evento, entender seus detalhes. Os resultados das disputas, você pode ver aqui, se ainda não viu.

Como informamos na primeira análise, o evento grandioso, espalhado, agitado, ágil em alguns momentos, demorado em outros, completo. Tem competição para todo lado, shows, sessão de autógrafo com as estrelas, festas.

Como é uma competição para ser televisionada na íntegra, é preciso esperar intervalos comerciais mesmo que você esteja sentado na arquibancada. Também é preciso respeitar muitas regras se você for da imprensa não-oficial, não-Espn. Nem tudo é permito, há áreas restritas para entrar com uma câmera, há momentos certos para filmar, há tempo máximo, tempo mínimo, horários para serem cumpridos. Mesmo no Brasil, a maior parte dos chefes encarregados por cada setor era gringo. E os gringos são muito metódicos, o que evitou o “jeitinho brasileiro” em muitos casos. E isso é bom, diga-se.

Impressionante como uma pista era montada ou desmontada de um dia para o outro. Chegamos na quinta-feira e havia uma pista de Enduro Cross com troncos, costeletas, rampas, pedras, buracos, piscinas. Na sexta-feira, quase tudo isso havia sumido e dado lugar a rampas maiores para a competição de entortadas e salto em altura. E no sábado outras rampas, costeletas, e uma pista traçada para o Speed and Style. No domingo, mais uma mudança para o FMX. Tudo com muita perfeição. Rampas gigantes, monstruosas, com subidas (muitas vezes de metal) e recepções (sempre de terra) perfeitas.

Incrível também a preocupação com a segurança dos pilotos. As rampas de metal eram cobertas antes do início das competições para evitar a umidade, o sereno. Se isso não fosse o suficiente, funcionários utilizavam secadores gigantes para evitar que a subida ficasse escorregadia.

Saindo das motos para os carros, o problema foi a poeira da pista de Rally Cross. Fazia muito calor no domingo – dia da competição dos carros – e, mesmo com o caminhão-pipa molhando o terreno após cada bateria, a demora entre uma corrida e outra fazia a pista secar e a poeira voltava. Há quem tenha visto pela TV e dito que isso em nada atrapalhou, mas o público que estava presente literalmente comeu poeira.

Provas de skate e BMX, apesar de não serem o foco do BRMX, foram observadas e só merecem elogios. A prova de Dirt BMX foi sensacional, com manobras de arrancar gritos de espanto das arquibancadas.

No balanço final, fica o elogio ao trabalho dentro das pistas. Isso nos pareceu impecável – exceto no caso dos carros. As competições funcionaram como um relógio de pilha nova. Fora das pistas, muito pode ser melhorado, passando pelo acesso difícil, pelo estacionamento com congestionamento na saída, pelo pessoal do “staff” muito mal-informado, sem condições de passar instruções aos visitantes.

Entre os dias 16 e 19 de maio, Barcelona, na Espenha, será sede de mais um X Games \”Mundial\”. Depois o evento ainda passa por Munique, na Alemanha, e terá sua última edição do ano em Los Angeles, Estados Unidos. Em 2014 os X Games voltam ao Brasil para mais uma edição em Foz do Iguaçu.

 

:: O front flip que entra para a história