Recuperado da lesão no dedo, Dudu Lima quer mais em 2015

||

dudulima_mauhaas
Dudu Lima na abertura do Brasileiro de Motocross – Crédito: Mau Haas / BRMX

 

Dudu Lima, 24 anos, aproveitou bem o “buraco negro” no calendário nacional de motocross para se recuperar plenamente de uma fratura no dedo, sofrida na segunda etapa do Brasileiro de Motocross, em Paty de Alferes, Rio de Janeiro. Depois disso, teve que aprender a largar e usar a embreagem com outro dedo, mas agora já está 100% recuperado.

– Meu dedo já está 100%. Ainda não nasceu minha unha completamente, mas não sinto mais dor, então estou bem contente de estar correndo 100%. Eu venho treinando bastante, tive um tempo para me recuperar melhor e recuperar meus treinos, enfim… Espero que tenha resultado na próxima etapa, vamos ver como vai ser – diz.

Dudu é um dos principais pilotos da temporada. Lidera o Arena Cross com quatro pontos de vantagem sobre João Ribeiro e também está na frente na Copa Minas Gerais e nas duas principais categorias da Copa São Paulo de Motocross, além de ser vice-líder na classificação do Brasileiro de Motocross, com 23 pontos a menos que o líder, Hector Assunção.

– A expectativa (para a próxima etapa) é sempre boa. Espero que a pista seja melhor que a de Indaiatuba (na primeira etapa da Copa Brasil de Motocross). Espero que os pilotos tenham uma ótima corrida para proporcionar um ótimo espetáculo. Estou bem feliz de voltar a correr em Santa Catarina, corri há alguns anos lá é um estado que gosto bastante e tenho vários amigos – comenta.

 

dudulima_mauhaas
Recuperado da fratura, Dudu segue em busca dos títulos da temporada 2015 – Crédito: Mau Haas / BRMX

 

Esse é o último ano que Dudu compete com motos 250, já que é obrigado a andar na MX1 em 2016 por causa da idade. Ele vê positivamente esta mudança, ainda mais depois de testar a Kawasaki KX 450F 2016.

– Testamos as motos no lançamento em Itupeva, no Kalango Cego. A 250 é praticamente a mesma moto. A 450 eu gostei bastante, mudou muito e estou bem contente! Ficou bem mais leve, muito mais fácil de pilotar. Acredito que daqui umas três semanas a gente pegue. Se eles deixarem a gente correr com a 2016 esse ano, será muito bom. Se não, fica para o ano que vem. Mas acredito que assim que as motos chegarem, não vamos ter problema – diz.

Sem pista particular, Dudu Lima e seu irmão mais velho, Marcello “Ratinho” Lima, saem sempre em buscar de pistas de alto nível para treinar no Estado de São Paulo.

– É um pouco complicado, eu e o Rato não temos pista própria, então fica difícil, dependemos da chuva para fazer bons treinos, então quando não chove, tem que treinar no seco. Uma pista que eu gosto bastante de treinar é em Limeira, é bem perto de casa, justamente onde foi a primeira etapa do Brasileiro de Motocross. Tem a pista de Campinas agora, que a gente treina para o Arena Cross, onde foi a quarta etapa. E aos finais de semana são as pistas pagas, como a Pista do Alemão em Atibaia, Ranca Toco em Salto, Kalango Cego em Itupeva. Não temos muitas opções de pistas na nossa região, então temos sempre que sair para conseguir fazer ótimos treinos – comenta.

A sua rotina de treinos muda na semana da corrida?

– Bom, na semana da corrida eu tento dar uma descansada a mais, aliviar um pouco os treinos, mesmo porque em uma semana você não ganha nada, né? O máximo que pode acontecer é você chegar cansado na corrida e piorar o seu desempenho. Então na semana da corrida eu pretendo descansar bastante e chegar 100% para dar meu máximo – conta.

O que esperar das finais dos campeonatos?

– Espero que cada organizador dê o melhor na última etapa de seus campeonatos, com uma ótima pista, para podermos dar um show bacana e fazer um espetáculo melhor ao público, fazer disso algo bom, já que foi um ano com poucas etapas. Estamos há um mês parados, então só esperamos ótimas corridas que fiquem marcadas na lembrança de todo mundo, assim como foi em Limeira na abertura do Brasileiro de Motocross – comenta.

 

duduratinho_rafaelgagliano-10
Dudu Lima – Crédito: Rafael Gagliano