Mariana Balbi quer Top 3 e vitória até o fim da temporada no WMX 2012

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Brasileira segue na equipe Motoconceps, mas agora pilota uma Honda, enquanto no ano passado era Yamaha – Foto: Arquivo Pessoal

Na quarta posição da tabela, Mariana Balbi busca a primeira vitória no WMX – campeonato americano de motocross feminino – após quatro etapas de ajustes e adaptações.

A brasileira tem 11 pontos a menos que a japonesa Sayaka Kaneshiro, terceira colocada, e 62 pontos menos que a líder Jessica Patterson. Restam quatro rodadas, e Mari vê seu desempenho melhorando. Quer, até a última corrida, estar entre as três, de preferência com uma vitória anotada.

Após um treino de pista seguido de academia sob o forte calor do verão californiano, Mari atendeu o chamado do BRMX na tarde de segunda-feira, 25, para contar como foram as primeiras corridas, falar da mudança de moto, e palpitar sobre o AMA MX.

– Fiquei triste quando o Stewart (James “Bubba”) se machucou. Sem ele, perde um pouco a graça, fica o (Ryan) Dungey sozinho, ganhando tudo. O (Mike) Alessi é muito determinado, mas tem uma técnica um pouco atrasada, meio old school – analisa a mineira.

– Mas todo mundo tá falando que o Bubba vai voltar em Red Bud – emenda, lembrando que a sexta etapa do campeonato acontece no próximo dia 7 de junho.

A piloto finalmente consegue uma sequência sadia após dois anos de lesões no WMX. Em 2010, o ombro machucado impediu uma grande performance até o final. Em 2011, uma grave lesão no pescoço fez com que ela ficasse fora de três etapas.

– Nesse ano estava preparada para ficar no Brasil e correr a MX3. Fiz toda minha pré-temporada de 450cc. Não tinha conseguido fechar com nenhuma equipe aqui dos Estados Unidos até o último segundo – conta.

Mari correu as duas primeiras etapas do Brasileiro de Motocross 2012, chegando perto da vitória na segunda, em Canelinha, Santa Catarina, quando liderou boa parte da prova mas acabou em quarto por causa de uma queda nos minutos finais.

– Duas semanas antes da primeira corrida aqui (EUA), recebi ligação do dono da equipe pedindo se eu tinha interesse em vir – diz.

Chegando a terra do Tio Sam, Mari teve que se adaptar rapidamente a duas mudanças: saiu da Kawasaki para Honda, e da 450cc para 250cc.

– É muita diferença. Além da moto ser diferente, estava bem adaptada a 450. A 250 exige muito mais agressividade, explosão e um preparo físico muito bom também, apesar de que a 450 pede mais força – explica.

Números de Mari Balbi no WMX 2012

Classificação no campeonato
1) Jessica Patterson – 188 pontos
2) Tarah Gieger – 155 pontos
3) Sayaka Kaneshiro – 137 pontos
4) Mariana Balbi – 126 pontos
5) Ashley Fiolek – 125 pontos

Resultados
Hangtown – 7-8
Freestone – 8-6
Thunder Valley – 6-4
High Point – 4-3

Etapas restantes
Red Bud – 7 de julho
Washougal – 21 de julho
Southwick – 11 de agosto
Lake Elsinore – 8 de setembro

O campeonato iniciou com quatro etapas em finais de semanas consecutivos, sem pausa, e agora está no meio de um intervalo de 21 dias.

– Foi muito boa esta pausa porque pudemos fazer testes de suspensão, o que não tinha conseguido fazer antes por causa das etapas seguidas. Geralmente se passa um mês treinando, se vai para uma pista com bastante buraco como Glen Helen, e se acerta tudo. Como não tive tempo, achei melhor não mexer de uma semana para outra. Poderia não ser benéfico – explica.

Mesmo assim houve uma evolução da primeira até a quarta etapa, quando Mari fez quarto lugar na primeira bateria e terceiro na segunda, ficando muito próxima do pódio.

– Estava em terceiro na primeira bateria, mas errei na última volta e fui ultrapassada. Tentei buscar, e cheguei, pulamos a chegada juntas, mas eu fiquei em quarto – descreve.

– Minha meta é fazer o melhor. Queria terminar entre as três melhores, o que seria uma coisa boa pra minha carreira e, quem sabe, ganhar uma corrida. Nada é impossível – argumenta.

O melhor resultado de Mari Balbi no WMX foi em 2010, quando terminou em quinto no campeonato. Ano passado, ela terminou na 11ª colocação.