Marco Ricciardi, gerente de marketing da TM Racing, fala sobre os planos da marca no Brasil

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Marco Ricciardi, gerente de marketing e competições da TM Racing – Foto: Mau Haas / BRMX

Durante o Grande Prêmio de Motocross no Brasil, ocorrido no fim de semana dos dias 18 e 19 de maio, o BRMX conversou com o italiano Marco Ricciardi, gerente de marketing da TM Racing e diretor de competições da empresa. Ele também é o responsável por contratar pilotos e fazer acordos com outros patrocinadores, entre outras atribuições. Passou pelas mãos de Ricciardi a contratação do inglês Shaun Simpson e a participação do brasileiro Rodrigo Lama com a motocicleta de fábrica da marca na etapa brasileira do mundial.

Em uma rápida conversa no box da TM em Penha, Santa Catarina, pudemos saber dos planos para a marca no Brasil. Confirmando o que importador Luca Proietti já havia dito semanas antes, em 2014 deve ser formada uma equipe da marca para disputa do Brasileiro de Motocross.

– O mercado brasileiro é muito importante para nós. É uma oportunidade muito boa, porque o mercado está crescendo a cada dia. Queremos desenvolver nossa atuação neste mercado nos próximos anos e ter uma equipe é a melhor forma de divulgação que existe. Nós produzimos motos para corrida, e para vendê-las temos que estar nas corridas. Então estamos buscando uma solução para isso, provavelmente para ter dois pilotos no motocross e um no enduro – disse.

Seria uma equipe oficial de fábrica da TM no Brasil?

– Não, pelo simples motivo que se eu faço isso aqui teria que fazer nos outros países também. Mas, com certeza, temos uma relação muito boa e muito próxima com nosso importador (Luca Proietti) no Brasil, e isso facilita as coisas – explica.

Atualmente, os praticantes de enduro representam 70% dos consumidores de motos TM. E, cerca de 65% das motos vendidas são dois tempos. França, Chile e Holanda estão entre os países que mais consomem a marca.

– O enduro traz os velhos pilotos de volta à moto. Geralmente a pessoa é piloto quando é jovem, depois faz uma pausa e se dedica ao trabalho e, mais tarde, quando já está bem financeiramente, já tem sua família, volta a andar de moto – explica Ricciardi.

– As motos dois tempos são mais vendidas também porque são mais baratas e têm manutenção mais barata. Costumamos dizer que com um pistão e uma embreagem você passa a temporada toda – brinca, lembrando toda linha de motos da TM (85cc, 125cc, 144cc, 250cc e 300cc, tanto de enduro quanto de motocross. E as 4T: 250cc, 450cc e 530cc para enduro, MX e supermoto).

Por fim, Ricciardi falou sobre a temporada 2013 no Mundial de Motocross.

– Shaun (Simpson) tem um “feeling” muito bom para acertar a moto e está contribuindo muito, mas acho que tivemos um pouco de azar nas primeiras etapas e podemos melhorar ao longo da temporada. Com certeza podemos estar entre os dez melhores. E Ivo Moticelli tem crescido bastante na MX2, melhorando muito nas últimas corridas. Estamos felizes com tudo isso – finalizou.

Os pilotos da TM tiveram desempenho razoável no GP Brasil de Motocross. Shaun Simpson foi décimo colocado na MX1 e Ivo Monticelli acabou em 14º na MX2. O sergipano Rodrigo Lama, que também competiu pela equipe, terminou no 20º lugar overall.

Ivo Monticelli, piloto TM na MX2 do Mundial de Motocross – Foto: Marco Dotto / BRMX