Leandro Silva comenta lesão no ombro e possibilidade de integrar seleção brasileira no Motocross das Nações 2012

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Lesão não compromete participação do atleta na quinta etapa do Brasileiro, em 1º de julho – Foto: Mau Haas / BRMX

Leandro Silva, terceiro colocado na MX1 do Brasileiro de Motocross 2012, encara uma semana “de molho” após machucar o ombro em uma queda na primeira bateria da quinta etapa da Superliga Brasil de Motocross, em Brasília, no domingo, 17.

Um dos principais candidatos a integrar o selecionado brasileiro no Motocross das Nações deste ano está em casa, em Curitiba, Paraná, se recuperando com fisioterapia e acupuntura.

O piloto da equipe Honda Mobil afirma que a lesão não é grave e estará plenamente recuperado para a quinta etapa do Brasileiro de Motocross, em Sorriso, Mato Grosso, dia 1º de julho.

Na tarde desta quarta-feira, 20, ele conversou com o BRMX para comentar a queda e o “enrosco” com Wellington Garcia na primeira bateria em Brasília, além daa possibilidade de representar o Brasil no MXoN pela terceira vez, e sobre a concorrência pelo título Brasileiro.

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BRMX: Você teve que abandonar a prova lá em Brasília, que aliás teve um início estranho, contigo e o Wellington se enroscando na largada…
LS: É verdade. Brasília não foi nada bom pra mim. Fui mal nos treinos e fui mal na corrida. Aquilo com o Wellington não foi nada, coisa normal. Acontece que na linha por dentro tinha uma costela a mais e, na freada, minha moto quicou pra esquerda e acabamos os dois fora da pista. Mas tudo normal.

BRMX: E depois você caiu e abandonou…
LS: Isso. Estava tentando me recuperar. Fui para quinto, aí passei o quarto e já estava perto do Ratinho, que era o terceiro. Tinha um pedaço de concreto, algo assim, e eu acertei. Caí com o ombro no chão e bateu um osso no outro, machucando a cabeça do Umero.

BRMX: Dá tempo de recuperar até Sorriso?
LS: Sim. Tenho que ficar uma semana de repouso. Essa semana estou sem treinar, só na fisioterapia e acupuntura. Mas tudo certo, pra Sorriso estarei recuperado.


O piloto Honda Mobil venceu a terceira etapa do Brasileiro de MX, em Foz do Iguaçu – Foto: Christine Wesendonk / BRMX

BRMX: A etapa de Sorriso será importante para a definição do MX das Nações…
LS: Sim, mas estou pensando no Brasileiro apenas. Se vier a convocação pro Nações, será um bônus.

BRMX: Não te empolga ir para o Nações pela terceira vez? (Leandro representou o Brasil em 2007 e 2008).
LS: Me empolgo sim, mas não quero criar uma pressão desnecessária. Uma coisa é consequência da outra. Ir para o Nações é sempre um sonho, mas quero dar um passo de cada vez.

BRMX: Mas pelos critérios é difícil você ficar fora.
LS: Acho que garantido mesmo está o Hector (Assunção), na MX2, apesar de eu achar muito cedo para definir o time. Ainda tem tempo, e muita coisa pode mudar até setembro. Pode acontecer de alguém, diferente dos selecionados, chegar em uma melhor fase em setembro.

BRMX: Como você acha que deveria ser feita a seleção?
LS: Acho que deveria ter alguém responsável, um chefe de equipe que fosse avaliar não apenas a classificação do campeonato. Tem que ver se o cara é bom na areia – que Lommel é areia e vai ser complicado – se está em um bom momento, entre outras coisas. Eu tive uma lesão pequena agora, mas poderia ser mais séria, ficar fora da etapa de Sorriso, ficar fora da seleção, mas me recuperar e estar em plenas condições na época do Nações. Enfim, acho que é uma escolha mais complexa.

BRMX: Você acha que ainda dá pra brigar por título no Brasileiro de MX?
LS: O campeonato deu uma emparelhada, então tem que acreditar. O Campano estava numa fase muito boa no início da competição, e pegou todo mundo meio desarmado, voltando de lesão, em um ritmo mais lento. Aí ele se machucou também, e nós encostamos. Em Foz (do Iguaçu – terceira etapa do Brasileiro), ele tentou fazer o jogo dele, mas eu consegui anular e venci.