Ken Roczen comenta vitória na abertura do AMA Motocross 2016 em Hangtown

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Roczen com a placa vermelha – Fotógrafo: Simon Cudby

 

Nada como um ano após o outro. Em 2015, Ken Roczen se recuperava de uma lesão nas costas e sofria para correr na abertura do AMA Motocross. Neste ano, a história foi completamente diferente. O alemão da Suzuki assumiu a ponta e venceu as duas baterias da 450 na abertura do campeonato, que aconteceu no sábado, 21, em Hangtown, na Califórnia.

Roczen deixou o atual campeão, Ryan Dungey, cerca de 5seg atrás. E os outros pilotos ficaram ainda mais distantes, com mais de 30seg de diferença.

Neste sábado, 28, acontece a segunda etapa do campeonato, em Glen Helen, também na Califórnia.

 

Ótima abertura! Comente um pouco sobre a corrida.
Ken Roczen: Foi muito boa. Começamos de uma maneira melhor do que no ano passado. Estou muito satisfeito com a moto e minha pilotagem, o que faz uma grande diferença. Eu sempre fui bem em Hangtown, mas hoje foi diferente. A pista estava muito difícil e acho que fiz uma preparação diferente porque estávamos contando com uma chuva. Ela ficou escorregadia na segunda bateria e dificultou um pouco em alguns pontos, mas é muito bom vencer a abertura. É uma nova temporada e todos estão com chances de levar o título, mas quero me manter assim todos os fins de semana. Sinto que posso progredir. Vai ser difícil e estamos apenas na primeira corrida, mas estou muito feliz.

Você já foi campeão, então não é uma grande surpresa vencer, mas você se surpreendeu com o resultado hoje?
Ken Roczen: Não sei se surpreender é a palavra certa. Acho que todos que estão correndo precisam estar com a mente vazia. Às vezes você pode se sentir bem e acaba caindo, ou pode acontecer o contrário, onde você não se sente bem e pode ganhar. Acho que todo mundo vai se sair melhor a partir de agora. Foi a primeira corrida e tem muito nervosismo envolvido. Não me surpreendeu, porque estava muito positivo em relação à abertura. É bom se sentir assim.

Existe algo sobre a pilotagem que te coloca à frente de Ryan Dungey aqui? Ele nunca ganhou nessa pista.
Ken Roczen: Eu acho que um bom piloto, tem que ser bom em qualquer tipo de pista. Eu diria que sou consistente, não importa como a pista seja. Apenas aconteceu de me encontrar melhor e ganhar. Ou como Eli Tomac se encontrou no ano passado e venceu. Isso não significa nada. Temos várias corridas pela frente e não sabemos o que vai acontecer.

 

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“Um bom piloto, tem que ser bom em qualquer tipo de pista.” – Fotógrafo: Simon Cudby

 

Normalmente essa pista é mais complicada, mas foi preparada de forma diferente porque a previsão era de chuva. Fale sobre essas diferenças.
Ken Roczen: Acho que ontem a noite, ou durante a manhã, eles compactaram a terra. Você nunca sabe quando uma tempestade vai chegar. Em Indiana um ano caiu uma tempestade e a pista ficou inundada. Então acho que eles tentaram ser espertos e obviamente, nós tivemos muita sorte com o tempo. Parece que as quedas não estão acontecendo constantemente, mas a pista dificultou. Às vezes fica desconfortável para nós. Muitas vezes temos que ajustar a suspensão e deixá-la mais firme, porque não estamos acostumados a andar em pistas muito difíceis. Algumas partes ficam muito secas e fica complicado – com duas voltas para o final eu quase cai em uma descida e por pouco não passei por cima das grades.

Você melhorou muito na segunda metade do AMA Supercross. Houve alguma alteração na moto?
Ken Roczen: Eu já falei sobre isso umas dez vezes. Foi uma pequena alteração que fizemos. Estive em uma boa forma durante todo o ano e fui andando bem, mas parecia que faltava algo na moto. Quando fizemos a mudança, consegui me encontrar.

Na primeira bateria você fez seu próprio traçado e passou Dungey, mas na segunda você apenas passou por ele e foi embora. Isso te dá um ânimo?
Ken Roczen: As duas baterias foram praticamente iguais. Na primeira bateria eu realmente estava bem atrás dele e não sei como fiz, mas segui um traçado e rapidamente estava na frente. Na segunda bateria foi igual, mas não estava andando tão bem no meio da corrida. No final, mudei muito meu traçado. Eu era capaz de continuar por muito mais tempo. De forma geral, esse traçado me ajudou a pegar velocidade.

 

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Com largadas medianas, Roczen recuperou posições rapidamente – Fotógrafo: Simon Cudby