James “Bubba” Stewart revela como superou os momentos difíceis antes de vencer em Atlanta

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Última vitória de Bubba no AMA SX havia acontecido em Daytona/2012 – Fotos: Suzuki-racing

Depois que James “Bubba” Stewart torceu o joelho em Anaheim 1, parecia questão de tempo para ele anunciar que faria uma cirurgia e a temporada 2013, para ele, estaria acabada.

Mas, corrida após corrida, ele foi melhorando e continuando a correr. Chegou a Arlington muito forte e, não fosse o problema na embreagem, provavelmente teria vivido uma boa noite.

Em Atlanta, com “tudo ok”, foi absoluto outra vez, como nos velhos tempos, e venceu pela primeira vez após um jejum de 11 meses no AMA Supercross.

Na segunda-feira, 25, o site norte-americano RacerX publicou entrevista feita logo após a corrida com Bubba. Leia os melhores trechos a seguir (para ler a original, em inglês, clique aqui).

Em 2008 você sofreu uma torção de joelho e abandou a competição após a segunda corrida. Este ano, você continuou. Por quê?
Bubba:
Meu time me deu suporte. Claro que ficamos chateados após Anaheim (quando houve a torção), mas eles mantiveram os planos. Se você sente que o time diz “estamos acabados para este ano”, as coisas mudam. Talvez eu tivesse feito a cirurgia se eles não teriam confiado em mim. Mas eles confiaram. E eu aprendi muito com o motocross no ano passado. Ganhamos tudo naquele começo e na terceira corrida me machuquei. Mesmo assim, a equipe ficou do meu lado. Tivemos uma grande pré-temporada. Senti que todos ficariam abalados se eu abandonasse. Então, mesmo vindo para as corridas longe de estar 100%, a equipe nunca vacilou. Essa é a real razão por eu estar aqui.

Então você nem sabia que poderia ser tão competitivo, a ponto de vencer?
Bubba:
Achava que talvez conseguiria. Mas não SABIA se era possível. Sabia que precisava treinar durante a semana para conseguir vencer, especialmente pelo fato de o campeonato estar tão competitivo. Ninguém se machucou ainda e está todo mundo aí. Você pode ganhar ou pode terminar em sétimo. Então eu sabia que se não estivesse em forma, seria muito difícil. Sabia que se eu me mantivesse competindo e não me machucasse mais, melhoraria. Foi o que fiz nas primeiras corridas. Andamos melhor em Oakland, melhor em A3, melhor em San Diego e, obviamente, muito melhor em Dallas (Arlington). Achei que poderíamos ter vencido em Dallas.

Explique melhor o impacto da semana passada.
Bubba:
Acho que ficamos mais fortes na semana passada. Não voltei para o caminhão brabo, não atirei capacete no chão. Não fiz nada. Levantei eles porque eu disse “vocês ficaram comigo antes, então por que não ficarei com vocês agora?”. E é por isso que eu amo meu time, porque por mais que esse ano tenha sido ruim, nunca desistimos. Acontecer algo quase embaraçoso como foi na semana passada, e você seguir em frente, e ter uma redenção, e fazer isso do jeito que foi, é especial.

Então vamos falar da corrida. Quando foi a última vez que você conseguiu uma boa largada?
Bubba:
O melhor que consegui foi em Anaheim 2, e foi no pelotão intermediário, e ainda aconteceu aquele acidente. Ou quando Reed me acertou, acho que estava um pouco melhor. Do jeito que foi hoje (em Atlanta), sair na frente, não é exatamente confortável. Talvez seja melhor sair em segundo e buscar o cara. Mas sair na frente e ter Ryan Villopoto me buscando, foi um grande teste para ver como eu estava preparado. E eu fui forte o tempo todo.

O único lugar que você tirava diferença era naquela seção rítmica, onde Ryan Villopoto fazia diferente. O quando era difícil?
Bubba:
Era difícil. Prendia minha respiração todas as vezes. Acho que era décimos mais rápido se fazia isso certo, mas era mais lento se eu errava. Era a única parte da pista que eu sentia que não podia fazer em todas as voltas com facilidade. Era duro. E tive um momento difícil com um retardatário na seção de costelas. Mas foi bom, liderei todas as voltas, fiz o holeshot.

Essa foi uma das vitórias mais gratificantes para você?
Bubba:
Acho que sim. Acho que a única pessoa que ficaria tão feliz com essa vitória seria Trey Canard. Por mais que meu azar tenha sido grande, não chega nem perto do dele. E ele vai vencer, está chegando a hora. E acho que ele será o único a sentir o que eu senti. Pra mim, me senti uma pessoa diferente desde a semana passada (em Arlington). Cheguei a pensar “não vou mais vencer”. Mas voltamos a acreditar e a minha equipe estava pronta para isso. Batalhamos durante todo dia. Falei pra eles que estava descontente o dia todo. Eu nem gostei da pista. Mas nós ganhamos.