Gustavo Pessoa: “para mim, agora que começa o campeonato”

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Gustavo Pessoa na etapa da Suíça – Crédito: ASW Racing

 

Gustavo Pessoa vai para sua terceira corrida pela Bike IT DRT Kawasaki neste fim de semana, 25 e 26, no Mundial de Motocross 2018.

A prova será na Bulgária, em Sevlievo, válida pela 17ª etapa da competição. Gustavo já correu na abertura (Argentina – ainda pela equipe Honda Brasil), e depois na República Tcheca e Suíça, pela DRT Kawasaki.

Após sua mais recente participação, quando teve um desempenho de TOP 15, o brasileiro conversou com o BRMX por telefone. Confira abaixo os melhores trechos do bate-papo:

 

Semana pós corrida na Suíça

“Fiquei doente, peguei alguma virose, uma gripe, não pude nem treinar esta semana, fiquei com dor de garganta. Mas tá tranquilo. Mundial tem bastante treino e vai dar pra recuperar no fim de semana”, disse.

 

Avaliação da etapa da Suíça

“Foi bem legal. Primeira bateria estava bem mas uma pedra bateu no escapamento, furou, perdi rendimento e no fim ainda fui desclassificado por causa do barulho excessivo.

Estava em 11º, num ritmo muito bom, aí percebi a barulheira. Não sei como bateu a pedra. De repente vi que tinha batido, estava na metade da bateria. Estava bem perto dos primeiros. Não sei se iria ganhar mais posições, mas não iria cair pra 16º, que foi a posição que terminei. A moto perdeu muita força, comecei a encavalar nos pulos.

Na segunda bateria saí bem, mas no fim a pista estava muito difícil, acabei perdendo umas duas posições. Mas foi bom porque estava num ritmo muito bom.”

 

Adaptação com a moto de corrida

“Praticamente só andei com ela na República Tcheca. Nos treinos da Suíça estava perdido. Quando subi para os primeiros treinos parecia que não sabia andar com a moto. É outra moto (só tem três marchas). Sorte que tem bastante treino. Na classificatória estava adaptado. E a pista estava bem difícil, fica mais difícil ainda se soltar na moto, fui tentando me soltar. Na classificatória já foi melhor.”

 

Próxima etapa

“Estou animado, feliz que tem uma etapa em seguida para pegar o ritmo dos pilotos. Eles vêm desde o início do ano na pegada, e pra mim na verdade agora que começa o campeonato.

Acredito que tenho muito para melhorar. Andei legal. A pista é bem diferente dos EUA. O jeito de andar é muito diferente. A moto é diferente. Então ainda estou me adaptando.”

 

Comparação Mundial X AMA Motocross

“No AMA tem pouco treino. Mundial desgasta mais porque tem dois treinos, corrida classificatória, warmup mais duas baterias.

O formato da pista é bem diferente aqui também. No Mundial é mais técnico ainda. Não dá pra ser rápido sem técnica. Nos EUA dá até pra andar mais na raça. Eu to achando que aqui exige mais técnica. Tem que ser usada durante toda a corrida. Os 20 primeiros andam muito forte. Você está sempre na briga, sempre disputando com alguém.”

 

Rotina com a equipe

“Quando vim para o Norte da Inglaterra (onde está morando), não tive mais contato com a equipe a não ser nas corridas. Mas eles têm me tratado muito bem, me dado todo suporte. Na corrida tem um mecânico só pra mim, o Jordon, que tem me ajudado bastante. É o mesmo mecânico Darian (Sanayei). Tem bastante experiência de Mundial e me ajuda muito.”

 

Tietar no paddock

“Não tive a oportunidade ainda. Não saí para andar no box. Vi ele (Marcus Freitas, brasileiro que é chefe de equipe da HRC), mas não conversamos. É muito corrido. Chego na etapa, fico no box da equipe. Chego na sexta de manhã na pista, dou uma olhada na pista, arrumo minhas coisas e volto pro hotel. Sábado e domingo é muito corrido.

Mas tenho vontade (de tirar fotos com os pilotos), os caras são os melhores do mundo. Quando tiver um tempo, vou tirar uma foto. Queria foto com todos, são muito bons. O Herlings e o Cairoli são os caras.”

 

MX das Nações

Vou participar do MXoN, isso é certo (Gustavo é integrante do time brasileiro ao lado e Fabio Santos e Enzo Lopes). Ainda estamos conversando para ver os detalhes, mas tudo indica que vou com o apoio da DRT.