Expectativas e fotos da pista para abertura do Brasileiro de Motocross 2015

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Quanto mais perto do fim de semana, maior a expectativa para o início do Brasileiro de Motocross 2015 das classes MX1, MX2, MX3 e Júnior. Carlos Campano, da Yamaha Grupo Geração, defende o troféu na categoria MX1 em busca de seu tricampeonato brasileiro (ganhou em 2012 e 2014), enquanto Hector Assunção, da Honda Mobil, também busca o tri, mas na MX2 (ganhou em 2012 e 2014).

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O atual campeão da MX3, Davis Guimarães, anunciou a aposentadoria e está fora do circuito nesta temporada. Nomes como Duda Parise, correndo pela Escuderia X, e Paulinho Stedile, pela Pro Tork, se juntam ao nome mais experiente da classe, Milton “Chumbinho” Becker, campeão da MX3 em sete oportunidades – 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2012, 2013 – na disputa pelo troféu entre os veteranos, que ainda conta com outros atletas como Erivelto Nicoladeli, Richard Berois, Walter Tardin, Willian Guimarães e as mulheres Mariana Balbi e Stefany Serrão, que competem entre os homens nesta categoria.

A categoria Júnior terá novos protagonistas em 2015, já que o tricampeão, Enzo Lopes, abriu espaço para os mais novos e subiu para a classe MX2. Atletas como Renato “Muguinho” Paz, Leonardo Cassaroti, Leonardo Almeida, Bruno Schmitz, Thiago Brenner, Iuri Beltrão, Renan Goto, Joaquin Neto e Marcus Dias estão no páreo pela vitória.

O evento acontece em Limeira, São Paulo, no motódromo Carlos Alberto Nunes (Cacko). A entrada será 1 kg de alimento não perecível. O BRMX retransmite a prova ao vivo – clique aqui para assistir!

 

 

Fotos da pista

A pista de Limeira sofreu alterações em relação ao ano passado e recebeu novas camadas de areia. Confira algumas fotos! Clique nelas para ampliar.

 

 

Expectativas dos pilotos da MX1

Carlos Campano

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Carlos Campano vem com o numberplate 1 esse ano – Foto: Mau Haas / BRMX

 

Espanhol foi campeão no ano passado mesmo competindo boa parte da temporada com o pé direito machucado. Entra 2015 como um dos favoritos, mas terá que provar mais uma vez que é capaz de bater os adversários brasileiros, que cada vez estão mais próximos do seu nível de pilotagem. Será que consegue repetir a dose?

– Acho que este vai ser um grande campeonato, muito disputado, com muitos pilotos em condições de brigar pelo título. Estou bem treinado, com a moto bem ajustada. Espero começar bem como no ano passado, quando ganhei as duas baterias na estreia – lembra Campano, que ganhou também a etapa de Limeira em 2014.

 

Jean Ramos

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Jean Ramos ganhou a segunda etapa da Copa Minas este ano – Foto: Mau Haas / BRMX

 

O paranaense teve um início de temporada ruim em 2014, mas depois se recuperou e acabou como o melhor brasileiro do ano. Tem velocidade, mas às vezes perde o foco durante a corrida. Será que ele será capaz de quebrar a sequência dos estrangeiros, que faturam o Brasileiro de Motocross desde 2012?

– A meta da primeira etapa é ganhar, mas acredito que se terminar entre os três melhores já será um bom resultado. Quero evitar os erros que cometi na primeira etapa do ano passado, quando perdi pontos que fizeram falta no fim. É importante fazer boas largadas e ser consistente neste fim de semana – diz Jean, que este ano estreia pela equipe Yamaha Grupo Geração.

 

Balbi Junior

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Balbi Junior continua com a Pro Tork em 2015 – Foto: Mau Haas / BRMX

 

O mineiro Balbi Junior é o grande nome nacional dos anos 2000. Em 2011 faturou o BRMX pela última vez, e depois se manteve competitivo, conquistando o terceiro lugar nos campeonatos brasileiros de 2012, 2013 e 2014. Será que 2015 é o ano em que Balbi Junior vai voltar a reinar no Brasil?

– Já temos uma ideia de como estão os pilotos, já que estamos correndo a Copa Minas, e os principais pilotos estavam presentes. Minha expectativa é excelente, fiz uma boa pré-temporada, estou me sentindo bem com a moto, e espero um fim de semana consistente. Estou muito feliz, esta é a minha 18ª temporada desde que estreei na 125 (atual MX2), e chegar a 18 anos de carreira profissional sendo competitivo me deixa muito satisfeito. Outro fato legal é que mais um ano passa e o campeonato está ainda mais difícil, com um nível muito alto. Espero que tudo ocorra bem no fim de semana. Estou 100% fisicamente e bem acertado com o equipamento – afirma Balbi.

 

Jetro Salazar

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Segundo ano consecutivo de Jet no Brasil – Foto: Mau Haas / BRMX

 

O equatoriano Jetro Salazar encara seu segundo ano como piloto no Brasil. Ano passado, na estreia, quase conquistou o campeonato, mas acabou sucumbindo a problemas na embreagem na penúltima etapa, quando perdeu a liderança do campeonato. Mais experiente, pode ser o campeão nacional?

– Acredito que este será um campeonato duro, mas bonito. Serão 12 baterias em seis etapas e o mais importante é ser inteligente. Estou melhor fisicamente e conto com toda a experiência acumulada do ano passado. Por isto, me considero um candidato forte para brigar pelo título deste ano –

 

Adam Chatfield

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Adam Chatfield já ganhou uma vez – Foto: Mau Haas / BRMX

 

Campeão brasileiro em 2013, o inglês estava passou 2014 inteiro liderando com a recuperação de uma lesão no ombro. Agora deve entrar mais forte na disputa, já que fez uma grande pré-temporada e está 100% fisicamente. Será o ano dele outra vez?

– Tenho treinado muito e estou pronto para fazer o melhor. O objetivo é garantir lugar no pódio, entre os três primeiros – declara Chatfield.

 

Wellington Garcia

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Wellington Garcia é esperança de título para o Brasil – Foto: Mau Haas / BRMX

 

O goianinho Wellington Garcia tem sido uma pedra no sapato dos gringos, mas não tem conseguido manter uma regularidade a ponto de brigar pelo título. Em 2013, venceu a primeira etapa do campeonato, em Carlos Barbosa, e em 2014 chegou a vencer uma bateria no campeonato. Você aposta nele este ano?

– Quando inicio um trabalho, sempre foco na primeira etapa do Brasileiro, que é a competição com os melhores pilotos e com um nível bastante elevado. Estou empenhado, a motivação é grande. Como será a primeira etapa, tudo é muito corrido na hora. Então, fiz esta semana alguns treinos para ajustar logo a moto de corrida e ir com mais tranquilidade para Limeira – conta.

 

Ratinho Lima

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Ratinho Lima – Foto: Mau Haas / BRMX

 

Marcello “Ratinho” Lima é um dos expoentes da última geração de pilotos brasileiros. Fez grandes campeonatos, mas perdeu terreno com a “invasão gringa” dos últimos anos. Será que volta à ponta neste ano?

– Conheço a pista, que tem chão duro e um pouco de areia, mas houve mudanças no circuito. A MX1 sempre é a classe mais disputada e o nível é muito forte, qualquer piloto pode vencer – afirma Ratinho, que teve em 2011 seu melhor resultado (vice-campeão) nas últimas quatro temporadas.

 

Humberto “Machito” Martin

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Humberto Martin – Foto: Mau Haas / BRMX

 

Este venezuelano que adotou o Brasil como pátria querida gera boas expectativas para esta temporada. Agora de Kawasaki, ele vai tentar melhorar os resultados das temporadas passadas. Será que Machito consegue surpreender?

– Expectativa é boa para este fim de semana. Este ano mudei de marca, estou de Kawasaki, e ainda estou me adaptando, mas estou gostando muito, me sentindo à vontade. Acho que o principal vai ser a largada, já que o nível está muito forte, tem dez pilotos com chances de pódio. Se largar atrás fica difícil de recuperar. Acredito que tenho físico bom e boa velocidade, se largar bem tenho condições de brigar na frente – diz o venezuelano “mais brasileiro deste país”.

 

 

Estreantes

Será o ano de estreia na MX1 para quatro pilotos de grandes equipes: Paulo Alberto pela Honda Mobil, Thales Vilardi pela Yamaha ASW Subs27, Miguel Cordovez pela Escuderia X e Carlos Badiali pela Yamaha Grupo Geração.

 

Paulo Alberto

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Paulo Alberto é campeão da MX2 e correrá na MX1 em 2015 – Foto : Mau Haas / BRMX

 

O português foi o grande nome da categoria MX2 ao lado de Thales Vilardi em 2013 e 2014 (mesmo que em 2014 o campeão tenha sido Hector Assunção). Muitos acreditam que o baixinho da Honda é ainda mais eficaz a bordo de uma 450 e apostam nele como um forte candidato ao título brasileiro. Estaria na hora de Portugal voltar a colonizar estas terras?

– Estou bastante ansioso para este início de campeonato. Tenho treinado bastante e espero fazer boas corridas. Pelo que conversei com algumas pessoas, a pista foi modificada, então será uma novidade para todos, que estarão em condições de igualdade – diz Paulo Alberto, que ganhou a abertura do Arena Cross de 450 neste ano.

 

Thales Vilardi

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Thales tenta surpreender na 450 – Foto: Mauricio Arruda

 

Thales Vilardi começa a temporada depois de ter passado por cirurgia para se recuperar de grave lesão no ombro, sofrida enquanto disputava o título brasileiro da MX2 no ano passado. Nas poucas amostragens que tivemos este ano (Copa Minas e Arena), o paulista não conseguiu resultados expressivos com sua 450. Será que conseguirá brilhar em Limeira?

– A expectativa é grande para a abertura do campeonato. Venho treinando bastante e espero ter um bom final de semana em Limeira. Meu objetivo para essa primeira etapa é fazer boas largadas e manter um bom ritmo nas duas baterias pra estar entre os 10 melhores das 450cc nessa temporada do nacional – diz.

 

Miguel Cordovez

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Cordovez correu no Brasil em 2014 – Foto: Mau Haas / BRMX

 

Equatoriano com boa experiência na Europa, “el rojo” tenta ser a surpresa do campeonato brasileiro. Disputou a final do BRMX no ano passado, em Toledo, e mostrou boa técnica e determinação, mas não conseguiu incomodar os ponteiros. E aí, vence este ano?

– Eu e minha moto estamos prontos para dar 100% de nossa capacidade. Fiz uma boa temporada e estou me sentindo bem. Mas, sei que será uma corrida difícil, pois todos os adversários são fortes. Neste fim de semana, farei o que sei melhor: acelerar – diz Cordovez, que nas duas baterias do ano passado fez 8-14/abandono.

 

Carlos Badiali

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Badiali é jovem e tem experiência nos EUA – Foto: Mau Haas / BRMX

 

Ele correu as duas etapas finais do Brasileiro MX do ano passado, em Santa Maria e Toledo, e agora está no Brasil para fazer a temporada completa pela Yamaha Grupo Geração. Chegou em janeiro e fez toda preparação ao lado de Carlos Campano. Pode surpreender?

– Quero estar entre os cinco primeiros. A moto está muito boa, eu estou bem fisicamente, querendo andar bem, somar pontos para entrar forte na competição – comenta ele, que nas quatro baterias do ano passado fez 7-6-10-15.

 

Faria fora de combate

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Rafael Faria correu a primeira etapa do Arena pela IMS – Foto: Mau Haas / BRMX

 

Rafael faria sua estreia pela equipe IMS Ipiranga Vulcano Honda no Brasileiro de Motocross neste fim de semana, mas está se recuperando de uma lesão no ombro e fica de fora da etapa de abertura do campeonato.

 

 

:: Programação

Sexta-feira 15/5
13h às 18h  – Secretaria/Vistoria – todas as categorias

Sábado 16/5
7h30 às 8h – Vistoria técnica

Treinos livres
8h10 às 8h25 – Intermediária Paulista
8h35 às 8h50 – Nacional A/B Paulista
9h às 9h20 – MX3 – Brasileiro/Paulista
9h30 às 9h50 – Júnior – Brasileiro/Paulista
10h às 10h30 – MX1 – Brasileiro/Paulista
10h40 às 11h10 – MX2 – Brasileiro/Paulista

Treinos cronometrados
11h20 às 11h35 – Intermediária Paulista
11h45 às 12h – Nacional A/B Paulista
12h às 13h – Manutenção da pista
13h às 13h20 – MX3 – Brasileiro/Paulista
13h30 às 13h50 – Júnior – Brasileiro/Paulista
14h às 14h30 – MX1 – Brasileiro/Paulista
14h40 às 15h10 – MX2 – Brasileiro/Paulista

Prova
15h40 – MX3 – 20min. + 2 voltas
16h10 – Intermediária Paulista – 15min. + 2 voltas
16h40 – Nacional A/B Paulista – 15min. + 2 voltas
17h – Pódio

 

Domingo 17/5

Warm up
9h às 9h20 – MX2
9h30 às 9h50 – MX1
10h às 10h15 – Júnior

Provas
11h30 – MX2 primeira bateria – 30min. + 2 voltas
12h20 – MX1 primeira bateria – 30 min. + 2voltas
13h10 – Júnior – 20 min. + 2 voltas
13h40 – Pódio Júnior
14h – Cerimonial
14h30 – MX2 segunda bateria – 30min. + 2 voltas
15h10 – Pódio MX2
15h50 – MX1 segunda bateria – 30min. + 2 voltas
16h45 – Pódio MX1