Expectativa dos pilotos brasileiros para o Motocross das Nações 2015

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Thales Vilardi, Fábio Santos e Jean Ramos formam o time de 2015 – Crédito: Thyago Lorentz / CBM

 

Entramos no mês do Motocross das Nações, a competição mais charmosa do mundo. Jean Ramos, Thales Vilardi e Fábio “Moranguinho” Santos serão os pilotos brasileiros no MXoN 2015, que acontece na cidade de Ernée, França, nos dias 26 e 27. Manuel Carlos Hermano, o Cacau, é o chefe da equipe formada por pilotos da Yamaha Grupo Geração. Eles embarcam no dia 20 de setembro para buscar uma classificação às corridas finais, que acontecem no domingo.

– Vamos chegar lá numa segunda. Terça-feira será um dia de descanso para os pilotos e na quarta as motos chegam para o primeiro treino. Estamos vendo uma pista próxima de onde vamos ficar, chama-se Château Gottrau. É uma pista que recebe o campeonato francês, e estamos tentando ver se vai estar aberta. Se estiver, vai ser nessa que vamos treinar – explica Cacau, que chefia o time brasileiro pelo quarto ano consecutivo.

Os números dos pilotos estão definidos. Thales Vilardi corre com o #79, Fabio Santos com o #80 e Jean Ramos com o número #81 nas categorias MX1, MX2 e Open, respectivamente.

– Esse está sendo um ano especial porque temos uma chance de classificar o time. Nesses últimos quatro anos que eu venho realizando o Nações do Brasil, tenho tido muita dificuldade com os pilotos, porque sempre tem provas nacionais no mesmo dia. Tenho levado pilotos que têm pouca experiência de 450cc, geralmente foram pilotos da 250cc que não tinham aquela manha de andar com essas motos. Então, em 2015 eu acho que está um pouco diferente, estamos com o Jean que é o terceiro ano que está de 450cc, o Thales que também está correndo e o Fabinho que está indo muito bem na 250cc. Esse é o diferencial neste ano, os pilotos que estão indo estão preparados e têm uma grande chance de classificar – opina.

Confira a seguir o que cada piloto tem a dizer sobre a oportunidade:

 

Jean Ramos

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Jean Ramos – Crédito: Mau Haas / BRMX

 

– A expectativa é boa, estou tendo bons resultados, estou bem confiante, com bom equipamento. Acredito que se eu conseguir dar o meu melhor, andar entre os 10 primeiros da categoria Open… Tenho que focar, serão 20 minutos decisivos, eu espero fazer uma boa largada e representar bem o Brasil. As pistas do Supercross são diferentes, mas alguns pilotos a gente acaba encontrando, então esse contato com os pilotos internacionais sempre faz a gente aprender alguma coisa ali, outra aqui. E com certeza ter corrido com Roczen, com esses caras do meu lado vai fazer total diferença lá. Estou focado nos campeonatos aqui no Brasil. Como transferiram a data da final do Arena Cross, vamos ter três semanas antes sem evento e vou trabalhar duro e ficar focado no Nações, treinar em pistas arenosas, esburacadas, para chegar lá o mais preparado possível!

 

 

Fábio Santos

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Fabinho Santos fará sua estreia internacional – Crédito: Mau Haas / BRMX

 

– A expectativa é muito boa, vai ser a primeira vez que vou para fora, primeira vez que vou para o Nações e estou treinando bastante para ter um bom resultado. Tenho treinado ainda mais e estou pegando firme na parte física. No Mundial aqui no Brasil em 2014 consegui ter um bom resultado… estava com o braço machucado e até a metade da prova fui bem, no fim fiz 18º e era piloto privado.

 

 

Thales Vilardi

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Thales Vilardi já representou o Brasil em 2010 e 2014 – Crédito: Mau Haas / BRMX

 

– Eu tive uma lesão muito séria nos dois ombros e voltei a andar antes do que o médico havia pedido, e com isso minha recuperação atrasou um pouco. Mas durante o ano estou me sentindo cada vez melhor, a cada prova sinto menos dor, estou conseguindo treinar mais durante a semana. Os resultados na últimas provas têm sido melhores, e ainda temos um mês até a prova na França. Espero continuar evoluindo a cada treino e sentir menos dor no ombro para poder forçar mais nos treinos. Acho que até lá vou estar super bem. No primeiro ano que fui, o nervosismo era muito grande, estava preocupado em saber como era o evento, com os outros pilotos que são os melhores do mundo, tipo de pista. E hoje não, vou mais preocupado com a minha pilotagem, em me adaptar com a pista, com a moto (que não é a mesma do Brasil). Então, vou com a cabeça mais tranquila para tentar evoluir e não me preocupar tanto com os outros.