Delegação brasileira embarca neste sábado para o Motocross das Nações 2016

||

paty2016_dom_mauhaas-67
Jean Ramos vai ao MXoN pelo segundo ano consecutivo – Fotógrafo: Mau Haas

 

A delegação brasileira embarca neste sábado, 17, rumo à Itália para correr o Motocross das Nações 2016. O time tem apoio da Yamaha Grupo Geração e é formado pelos pilotos Jean Ramos, Fabio Santos e Ramyller Alves, que competirão em equipe contra outros 37 países. O chefe da delegação é Manuel “Cacau” Carlos Hermano.

Esta será a 15ª participação da seleção brasileira no MX das Nações, que acontece desde 1947 em formato de olimpíada, no qual uma equipe de pilotos disputa o troféu pelo seu país de origem. A cada ano, o evento acontece em um país diferente, e neste 2016 será na pista de Maggiora, no norte da Itália, nos dias 24 e 25 de setembro.

Os países da Europa e os Estados Unidos são favoritos na disputa. Para o Brasil, se colocar entre os 20 finalistas que disputam as principais corridas no domingo, 25, é a primeira conquista em foco. Para alcançar tal objetivo, os pilotos aproveitarão a próxima semana para treinar em solo italiano.

“Temos chances de classificar para as finais. Estamos mais experientes e já tivemos essa experiência ano passado, então a adaptação será mais fácil. Acredito que com dois 14º lugares nas baterias classificatórias estamos dentro das finais”, calcula Jean Ramos, 27 anos, o mais experiente do time, que inclusive já representou o Brasil no ano passado.


 

Jovens talentos

paty2016_dom_mauhaas-33
Fabio Santos – Fotógrafo: Mau Haas / BRMX

 

Ramyller é o mais novo da turma. Aos 18 anos, ele defenderá o Brasil pela primeira vez como profissional. Acostumado às pistas e velocidade dos norte-americanos, o piloto é uma das grandes esperanças da nova geração.

“Estou muito animado por correr pelo Brasil no MXoN. Nem todo mundo tem essa chance. Significa muito estar presente nesta competição. Espero ajudar o Brasil a conseguir o melhor resultado da história. Estou treinando forte e espero me divertir na pista. Será uma grande experiência para a minha vida. Estaremos disputando contra os melhores dos melhores do mundo. Mal posso esperar pela primeira corrida”, afirma Alves.

Fabio Santos também terá uma experiência nova neste ano, apesar de já ter representado o Brasil em 2015. Ele vai competir com moto de 450cc no MX das Nações, enquanto no campeonato brasileiro corre na categoria das 250cc. Mas o piloto não se intimida.

“Já treino com a Yamaha YZ 450F desde o início do ano e me sinto bem com a moto. É mais forte e um pouco mais pesada que a 250, mas em dois ou três dias andando com ela, estou 100% adaptado. Espero fazer uma boa bateria na categoria para ajudar o Brasil a se classificar para a final”, comenta Fabinho, que está prestes a completar 20 anos.

Das 15 participações brasileiras no Motocross das Nações, em cinco oportunidades os pilotos chegaram até as corridas finais. Os melhores desempenhos da história foram na Inglaterra (2008) e na Itália (2009), quando o time alcançou o 14º lugar em ambas as edições do evento.

 

Time brasileiro para 2016

Jean Ramos – categoria Open no MX das Nações
Atual líder do Arena Cross Brasil na categoria Pró e vice-líder no campeonato brasileiro de motocross na categoria MX1

Fabio Santos – categoria MXGP no MX das Nações
Atual líder do Brasileiro de Motocross na categoria MX2

Ramyller Alves – categoria MX2 no MX das Nações
Piloto que compete nos Estados Unidos desde criança e atualmente vive o processo de transferência dos campeonatos amadores para os profissionais

Manuel Carlos “Cacau” Hermano – chefe de equipe no MX das Nações

 

Formato da disputa do MXoN

No sábado, cada piloto participa de uma corrida (na sua categoria – MXGP, MX2 ou Open). A soma dos resultados classifica 18 países (mais os donos da casa) direto para as finais de domingo. As demais nações disputam uma corrida de repescagem, no domingo pela manhã, para definirem o último finalista.

No domingo, 20 países competem em três corridas. Cada bateria reúne dois pilotos de cada país. Ao final, os resultados são somados. O país que tiver os pilotos com os melhores desempenhos será considerado campeão.