#COPAnoBRMX – saiba mais sobre o motocross no México

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motocross no méxico

 

É Copa do Mundo, amigo! (BUENO, Galvão). E quando tem Copa do Mundo de futebol, o BRMX aproveita pra falar de motocross.

#COPAnoBRMX começou na Copa de 2014 apresentando o motocross de alguns países – clique aqui e saiba mais sobre o MX da Croácia -, usando o gancho do futebol para falar do que mais gostamos.

O Brasil enfrentou o México nas duas últimas Copas. Abaixo você confere um conteúdo sobre o motocross deste país CHAPELEIRO y TEQUILEIRO.

 

Motocross no México

E você pode pensar: México, fronteira com os Estados Unidos, o negócio deve ser bom!

Pero no mucho. O motociclismo no México até é bem difundido em alguns casos, com eventos que se destacam, como o Red Bull X-Fighters que vem recebendo etapas há anos, Mundial de Super Enduro, o Baja 500/1000 (importante competição de Rally – na qual morreu Kurt Caselli no ano passado). O X Games também já passou por lá, mas o motocross em si é um tanto precário, apesar de algumas exceções.

Fomos atrás de latinos envolvidos com o esporte que conhecem o país do GUACAMOLE. Falamos com o venezuelano Juan Luis Torres – mecânico que já trabalhou no Brasil -, com o piloto costarriquenho Roberto Castro e com os brasileiros Anderson Cidade e Balbi Junior, e a opinião deles é unânime: lá, o MX é pior que no Brasil.

– Tradicionalmente, o forte deles é o supercross – diz Roberto Castro, que já correu no México várias vezes.

 

:: Supercross de Fresnillo 2013

Evento também é conhecido como Grande Prêmio Motocross de Fresnillo

 

O Supercross de Fresnillo, cidade com 200 mil habitantes localizada na região central do país, é o mais famoso. Acontece há 39 anos consecutivos e costuma reunir pilotos de diversos países. Tem atenção da televisão e do público, reunindo milhares de pessoas ao redor da pista de solo desértico. O catarinense Anderson Cidade correu lá em 2011, e conta como foi:

– O público nesta corrida é bastante fanático, fica muito próximo da pista e no fim querem tirar foto, pegar autógrafo. É muito legal. Lembro que na quinta-feira antes do evento fomos na televisão e na rádio dar entrevista ao vivo. O evento é bem promovido, tem patrocinadores como marcas de cerveja, de refrigerante, muitas modelos desfilando com as marcas – lembra Cidade, que mesmo se recuperando de uma lesão na época, acabou em quinto a corrida da principal categoria, a SX1.

 

Campeonato Mexicano em regiões

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Cartazes de etapas das regiões “Centro” e “Sul” deste ano

 

Uma ideia que muito já se sugeriu implementar no Brasil, é utilizada no México. O campeonato nacional mexicano é separado por regiões. Por ser um país grande se comparado com os demais da América Central, eles têm um campeonato no Sul, um no Centro e outro no Norte, e por fim fazem etapas que unem os melhores das três regiões para definir os campeões mexicanos.

Geralmente os pilotos do Norte se destacam mais. Pela proximidade com os Estados Unidos, é comum o intercâmbio com as pistas e pilotos da Califórnia. Porém, estes pilotos não conseguem fazer grande sucesso na Terra do Tio Sam.

– Eles tiveram Pedro Gonzales, que fez boas participações no AMA Supercross, e mais recentemente o Martín Garcia, que correu Latino-americano aqui no Brasil (sem grandes resultados) e é o atual campeão mexicano – indica Juan Luis Torres, mecânico e amigo do presidente da Federação Mexicana de Motociclismo, Victor Hugo Vieyra.

– Agora eles estão tentando investir mais no mini-cross, fazendo campeonatos de 65cc e 85cc, no qual os pilotos de 85 não podem ter mais que 13 anos, por exemplo, para desenvolver novamente pilotos bons. Mas as estruturas, as equipes, as premiações ainda são fracas, piores que no Brasil – emenda Juan.

Na última semana, o país teve três atletas classificados para o Loretta Lynn 2014, mostrando que este investimento na base pode render frutos. Félix López e Cristopher Torres (Schoolboy 1 e 2) e Krystan Torres (250B e College Boy) estão dentro da maior competição de motocross de base do mundo. Outros quatro pilotos – Gael RDC, Junior Reyes, Tre Fierro e Tommy Ríos – estão atrás de suas vagas.

 

Nomes importantes


Pedro Gonzales na Terrafirma 2, vídeo de muito sucesso na década de 90 produzido pela Fox

 

Pedro Gonzales é até hoje o nome mais forte que o México já teve no esporte. Ele correu nos Estados Unidos pela Pro Circuit Kawasaki no início da década de 90, ganhando uma corrida na 125cc em 1994, se consagrando vice-campeão naquele ano na Costa Oeste (perdeu para Damon Huffman). Correu até 2001, sendo ainda terceiro colocado no AMA Arenacross. Depois seguiu com negócios relacionados ao esporte e atualmente gerencia a equipe KTM do México, cujo principal piloto é o campeão nacional Martín Garcia – que esteve no time do MXoN 2010.

Eric Yorba tem apenas 19 anos, mora na Califórnia, Estados Unidos, onde foi campeão de alguns campeonatos amadores, como o WORCS, nas categorias 450A e PRO2. Júlio Zambrano, Juan Collins, Rubén Alanis, Carlos Oros, Alberto Hereida são outros nomes que podem chamar atenção.

No Freestyle Motocross, aparece Alejandro “Alex” Cervantes. O mexicano de 26 anos participa do Red Bull X-Fighters desde o ano passado e tem buscado melhorar para se manter entre os melhores do mundo.

 

 

No cenário internacional


Lances do GP do México de 2012

 

O Mundial de Motocross 2014 vai encerrar no México, na cidade de León, em pista que está sendo construída especialmente para o evento. O país também recebeu uma etapa em 2012, em Guadalajara, mas foi uma experiência polêmica. Naquele ano, os pilotos se recusaram a entrar na pista no sábado por causa da poeira (eles consideraram que estava perigoso demais, sem visibilidade suficiente), mas acabaram correndo no domingo. A prova inclusive contava com a consultoria do campeão mundial Sebastien Tortelli, que tentou contornar a situação mas não obteve êxito.

Em 2013 o país ficou fora do calendário, mas volta agora com um novo organizador local.

>>> Fotos do GP do México 2012

Já no Motocross das Nações, os conterrâneos de Roberto Gómez Bolaños são apenas coadjuvantes. A última participação foi em 2010, nos Estados Unidos, quando encerraram na 27ª colocação entre 30 países.

 

Outras curiosidades

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SX de Fresnillo em 2013 – Foto: Divulgação

 

– Mariana Balbi correu um Latino-americano feminino (que ainda é realizado) no México em 2012. Chegou a vencer a primeira bateria, mas caiu na segunda e acabou em nona na classificação final.

– Balbi Junior participou de uma prova festiva em 2010. O “Celebridades Mundiais do Motocross” reuniu nomes como Stefan Everts (Bélgica), Ricky Johnson e Jeff Ward (Estados Unidos), Sebastien Tortelli e David Vullemin (França) e Sebastian Roy (Canadá), além de cerca de 40 mil pessoas para assistir ao evento. “Quando corri, a Kawasaki tinha a maior equipe, que era chefiada pelo Pedro Gonzales. Eles me deram todo apoio”, conta Balbi.

– No ano em que Anderson Cidade correu o SX de Frenillo, o inglês Adam Chatfield também participou da prova, mas na categoria SX2. Terminou em quarto lugar.

– Neste mesmo SX de Frenillo de 2011, o vencedor da SX1 foi Martín Garcia, principal nome da atualidade no país.

– Jorge Bujanda talvez seja um nome que você conheça. Ele correu no Brasil em 2012, pela equipe Fabricando Pilotos, satélite da Yamaha. Seus resultados foram inexpressivos.

 

:: Red Bull X-Fighter México 2013

 

:: Kiko brincando de moto
Um dos produtos mexicanos mais famosos na GALÁXIA é a série de TV “El Chavo del 8”, ou simplesmente Chaves, no Brasil. Quem não se lembra do episódio em que o Kiko quer fazer corridas de motocicleta?! Vale a pena relembrar!

 

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:: México no mapa

 

Próximo jogo

Brasil X Camarões
Data: 23 de junho de 2014
Horário: 17h