BRMX Tips para a final do Brasileiro de Motocross 2013

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Você já parou para pensar na final do Brasileiro de Motocross que acontece no próximo fim de semana, 8, 9 e 10 de novembro? Serão três baterias para três pilotos brigando pelo título na MX1, fora outros que têm chances de vitória e devem colocar ainda mais emoção na disputa.

Por isso o BRMX antecipou as dicas para o fim de semana e traz nesta segunda-feira, 4, as “Tips”. Acompanhe!

 

:: Lembrete importante

Neste fim de semana, a MX1 terá três baterias porque a etapa de Foz do Iguaçu teve uma corrida apenas (a segunda foi transferida em decorrência das más condições da pista).

As categorias Júnior e 65cc também terão bateria extra. Estas por conta do adiamento em decorrência da chuva na quinta etapa, em Lauro de Freitas, Bahia.

>>> Acesse a programação completa do evento

 

:: MX1 em chamas

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Campano e Chatfield – Foto: Keu Lerner / BRMX

Adam Chatfield, Balbi Junior e Carlos Campano são os favoritos ao título, mas até Joaquim Rodrigues, Wellington Garcia e Marcello “Ratinho” Lima, quarto, quinto e sexto colocados, respectivamente, podem ser campeões.

Claro que para Rodrigues, Garcia e Ratinho o título é quase impossível. Eles precisam vencer todas as três baterias que restam e Chatfield, Balbi e Campano teriam que deixar de pontuar em algumas corridas.

 

Então vamos focar nos favoritos.

Adam Chatfield – pode chegar a 340 pontos
Se ficar em segundo em todas as baterias, garante o título inédito na sua carreira, desde que Balbi Junior NÃO vença TODAS as corridas do fim de semana. Mesmo se Campano ganhar todas, ainda assim ele ficaria cinco pontos atrás do inglês.

Balbi Junior – pode chegar a 334 pontos
Ganhar as três baterias significa conquistar o título da categoria pela quarta vez (o quinto brasileiro contando o troféu de 125cc em 1999) para Balbi Junior. Portanto, não depende de ninguém, mas precisa ser perfeito no fim de semana.

:: Carlos Campano – pode chegar a 326 pontos
Para conquistar o bicampeonato, o espanhol terá que ser mais que perfeito. Além de vencer as três baterias, precisa esperar por tropeços de Balbi e Chatfield. Se o inglês fizer 3-3-3 e Campano ganhar todas, e Balbi for segundo em todas, o espanhol será campeão. Neste caso, Balbi e Chatfield terminariam empatados em 325 pontos, apenas um atrás de Campano. Vale dizer que o espanhol vem de uma sequência de três vitorias em baterias.

A chapa vai esquentar!

>>> Veja a classificação completa do campeonato

 

:: Os números

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Carlos Campano ganhou as três últimas baterias realizadas – Foto: Keu Lerner / BRMX

 

Quem venceu maior número de baterias?

Carlos Campano – 5 vitórias
Balbi Junior – 3 vitórias
Adam Chatfield – 2 vitórias
Wellington Garcia – 2 vitórias
Jean Ramos – 1 vitória

 

Quem fez mais vezes o segundo lugar?

Adam Chatfield – 5 vezes
Wellington Garcia – 3 vezes
Balbi Junior – 2 vezes
Joaquim Rodrigues – 2 vezes
Jean Ramos – 1 vez
Carlos Campano – nenhuma

 

E o terceiro?

Adam Chatfield – 3 vezes
Joaquim Rodrigues – 3 vezes
Balbi Junior – 2 vezes
Jean Ramos – 2 vezes
Carlos Campano – 1 vez
Wellington Garcia – 1 vez
Humberto “Machito” Martin – 1 vez

 

:: Os ajudantes

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Balbi Junior – Foto: Keu Lerner / BRMX

Por mais que a organização tente frear o jogo de equipe, essa “pulga” sempre incomoda muita gente. Chatfield tem Joaquim Rodrigues e Wellington Garcia – companheiros de Honda – como “ajudantes” que podem tirar posições e pontos de seus concorrentes.

Campano tem Humberto “Machito” Martin, Pipo Castro e Rafael Faria – companheiros de Yamaha – ao seu lado, enquanto Balbi está mais isolado, já que a equipe Pro Tork conta apenas com ele na MX1.

Aqui entra um fato que tem gerado discussões. Rafael Faria iniciou a temporada na categoria MX2 e subiu para a MX1 a partir da sexta etapa, alegando que em 2014 não terá mais idade para a MX2 e por isso quer se habituar à 450. Problema é que o regulamento do Brasileiro de Motocross 2013 diz que “o piloto deverá optar no início do Campeonato em qual classe irá competir“, e isso, para muitos, dá a entender que é proibido mudar de categoria durante a temporada. Mas, no Mundial e no AMA MX/SX, por exemplo, o piloto pode subir de classe, como fez Faria. E, no regulamento do Brasileiro MX nada consta sobre “SUBIR de classe”. Os adversários reclamam porque Faria tem feito boas corridas e tirado pontos de pilotos postulantes ao título.

 

:: MX2 da Honda

A categoria das 250 já é da Honda, resta definir entre Paulo Alberto e Thales Vilardi. O português tem 18 pontos de vantagem e todo favoritismo. Ganhou 9 das 14 baterias disputadas até o momento. Dominou a maioria das corridas mesmo quando teve largadas ruins.

Para Thales ser campeão, precisa vencer as duas baterias de Goiás e torcer para Paulo fazer 2º e 11º (ou 5-6, ou 4-8 – as combinações são muitas).

Problema para Thales é que Paulo nunca foi pior que segundo colocado ao longo do campeonato – salvo quando não terminou uma bateria na etapa da Bahia.

Vai ser dureza para o brasileiro.

 

:: Já ganhou

Milton “Chumbinho” Becker, 46 anos, já é campeão da MX3 – categoria para pilotos com mais de 35 anos. Ele conquistou o heptacampeonato com uma rodada de antecedência, em Foz do Iguaçu, Paraná.

 

:: MX4

Os irmãos Becker, Milton “Chumbinho” e Elton, disputam o título da categoria MX4 – classe para pilotos com mais de 40 anos. Chumbinho tem sete pontos a mais que Elton, o que significa que ele pode chegar até na terceira posição para garantir a taça caso o irmão mais novo vença a prova. Se Chumbinho ficar em quarto e Elton ganhar, o “Fúria Catarinense” conquistará seu primeiro título nacional.

 

:: Júnior

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Enzo Lopes – Foto: Keu Lerner / BRMX

 

A categoria terá duas baterias nesta rodada. O gaúcho Enzo Lopes tem 43 pontos de vantagem sobre o goiano Kioman Muñoz. Basta Enzo chegar em 13º na bateria atrasada da quinta rodada (que será realizada na sexta-feira em Goiás), e será campeão com um ponto de sobra no caso de Kioman vencer as duas baterias.

 

:: Ausências

Marçal Müller e Pepê Bueno estão fora da disputa na MX2. O gaúcho se recupera de cirurgia no joelho e o paranaense decidiu se focar nos treinos para o Mini O’s, competição de amadores que acontece nos Estados Unidos no fim do mês. Ramyller Alves também está fora desta rodada na categoria Júnior. O atleta está nos Estados Unidos e deve vir ao Brasil apenas para a final do Arena Cross.

 

:: Boa disputa na 65cc

Com duas baterias a serem realizadas, a 65cc tem quatro pilotinhos na disputa pelo título. A vantagem é de Leo Nunes, do Paraná. Renan Goto tem quatro pontos a menos. Leo Cassarotti tem sete pontos de desvantagem para o líder e, Felipe Menuzzi ,vêm na sequência da classificação com 12 pontos a menos que o primeiro colocado.

 

:: Mais favoritos

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Mariana Balbi – Foto: Keu Lerner / BRMX

Mariana Balbi é a favorita para conquistar o título na categoria MXF. A mineira ganhou todas as três provas realizadas até o momento. Na 50cc A, Cristyan Eckhardt é o favorito. E na 50cc B, Gabriel Andrigo e Diogo Nascimento estão separados por apenas três pontos. Quem vencer a prova será o campeão.

 

:: Nacional 230

Marcos Lima lidera o campeonato com apenas seis pontos de vantagem sobre Caio Lopes. Mas a categoria pode sofrer uma reviravolta no tribunal. A equipe de Fabiano Santos entrou com recurso na justiça comum pedindo o cancelamento da punição a seu atleta na sexta etapa do campeonato, quando Fabiano venceu a bateria mas estava usando um flexível de freio não permitido. O time CTLS alega que a peça, externa, foi vistoriada e aprovada previamente pelos diretores de prova e que, por isso, não poderia ser punido posteriormente.

 

:: Outros detalhes

A pista da rodada promete ser interessante. Quem cuida deste detalhe é o ex-piloto e atual presidente da Federação de Motociclismo de Goiás e vice-presidente da CBM, Roberto Boettcher. Com sua experiência, ele deve preparar algo que agrade pilotos e público.

A entrada será liberada para o público, o que deve fazer lotar as arquibancadas.