BRMX Analytics: o desafio é manter o padrão

||

limeira_largada2015_brmx
Etapa de abertura foi elogiada pela maioria – Foto: Mau Haas / BRMX

 

Você talvez está se perguntando: por que o BRMX demorou tanto para fazer a análise da primeira etapa do Brasileiro de Motocross 2015? O tempo, vilão da correria desenfreada, nos parou.

Mas bem, aqui estamos, 24 dias depois da rodada de abertura, que aconteceu em Limeira, São Paulo, nos dias 16 e 17 de maio, para reafirmar o que muito já se falou: foi um evento muito bom.

Por isso o título desta postagem diz que o desafio é manter o padrão. Na primeira etapa deste ano, a organização evitou erros do ano passado e elevou o nível do evento. O resultado foi visto nas arquibancadas lotadas, nas palavras de satisfação do público, dos pilotos, dos chefes de equipe. Foi baixo o índice de reclamação após as corridas em Limeira 2015.

>>> Acesse a classificação do campeonato

A pista foi um dos pontos altos. Traçado largo, terreno bem tratado, saltos bem construídos. As camadas de areia utilizadas em diversos pontos ajudaram a “afofar” o solo, o que elevou o nível da pista, que ficou “destruída” ao final do dia, exigindo técnica e preparo físico dos pilotos. Além disso, algumas linhas de 2014 foram melhoradas para 2015, como a largada e a chegada mais próximas do público.

O box era aberto e as pessoas podiam transitar entre as equipes, ver o trabalho dos mecânicos, tirar foto ou pedir autógrafo aos pilotos. Isso é muito importante, pois aproxima o fã, cria e fortalece ídolos, e os pilotos sentem o carinho, o estímulo. É preciso controle, claro, afinal é um ambiente de trabalho e em certos momentos pilotos e equipes precisam privacidade.

A área de box em Limeira também é boa. Espaço amplo, plano, chão de asfalto, brita ou cascalho. Seria muito interessante se todas as pistas do campeonato tivessem uma área semelhante, com espaço para lavar as motos, energia elétrica, banheiros… enfim, necessidades básicas. Assim como seria importante ter uma praça de alimentação com a mesma qualidade de Limeira, com diversas opções de comida, lanche e bebida para espectadores e trabalhadores do fim de semana.

Por fim, o quesito transmissão. Quem não pôde ir até Limeira, conseguiu assistir pelo computador a transmissão oficial da Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM). Funcionou, e os problemas que surgiram no caminho foram solucionados em tempo. Houve também a transmissão no Sportv. A própria equipe da afiliada da Rede Globo no interior de São Paulo foi responsável pela captação de imagens e transmissão. Na tela, ficou nítido que falta experiência em motocross para os editores, que focaram apenas no primeiro colocado e “esqueceram” de passar informações importantes no início da bateria como a queda de Paulo Alberto, o vencedor da bateria anterior.

 

 

Dentro da pista / MX1

pauloalberto_limeira2015_mauhaas-3
Paulo Alberto foi o mais rápido em Limeira – Foto: Mau Haas / BRMX

 

A rodada de abertura foi emocionante dentro da pista. Vimos boas corridas em Limeira.

O português Paulo Alberto iniciou a temporada com tudo, se apresentando como principal adversário de Carlos Campano, atual campeão brasileiro. Mas ainda é muito cedo para citar apenas os dois como favoritos.

Baseados na primeira rodada, podemos dizer que Jetro Salazar e Jean Ramos estão nesta briga. Mas lista de bons pilotos é grande, passando por Wellington Garcia, Balbi Junior, Adam Chatfield, Ratinho Lima, Humberto Martin, Carlos Badiali, Thales Vilardi e Miguel Cordovez.

 

 

Dentro da pista / MX2

gustavopessoa_limeira2015_mauhaas-2
Gustavo Pessoa subiu no lugar mais alto do pódio em Limeira – Foto: Mau Haas / BRMX

 

No início do ano se esperava uma disputa quase bipolar na MX2, com Dudu Lima e Hector Assunção brigando pela vitória, e outro pelotão tentando ver quem seria o terceiro colocado.

Mas Gustavo Pessoa, vencedor da rodada de abertura, se colocou nesse time de frente, enquanto outros como Pepê Bueno, Caio Lopes, Rodrigo Lama, Endrews Armstrong, João Ribeiro e Enzo Lopes demonstraram qualidade para brigar na ponta no decorrer do campeonato.

Fato é que, tanto na MX1 quanto na MX2, a competição está apenas começando e todos os pilotos ainda têm chances de brilhar.

 

 

Número de participantes

largada_limeira2015
MX2 teve gate lotado em Limeira – Foto: Mau Haas / BRMX

 

Assim como no ano passado, vamos acompanhar o número de participantes em cada etapa.

Limeira, São Paulo
MX1: 23
MX2: 37
MX3: 29
Júnior: 21

TOTAL: 110 pilotos

 

 

O que esperar de Paty?

box_paty_BRMX_miguelcampano
Espaço de box em Paty do Alferes 2014 – Foto: Miguel Campano / BRMX

 

Comparando com Limeira, os itens pista, box e público devem ser equivalentes em Paty do Alferes. As questões “praça de alimentação” e “transmissão”, porém, talvez fiquem abaixo porque a amostragem do ano passado foi de nível inferior.

Embrenhada na mata, a pista de Paty do Alferes tem acesso mais complicado e a internet chega(va) com dificuldades. Em 2014, foi complicado postar atualizações no site e a transmissão, que também depende da internet, teve problemas.

Esperamos que isso esteja sanado para 2015.

 

 

Programação da etapa de Paty do Alferes 2015

pista2_paty_BRMX_mauhaas
Pista (2014) de Paty do Alferes – Foto: Miguel Campano / BRMX

 

SÁBADO – 13 de junho
8h às 9h15 – Vistoria técnica

TREINOS LIVRES
9h30 às 9h50 – MX3
10h às 10h20 – Júnior
10h30 às 11h – MX1
11h10 às 11h40 – MX2

TREINOS CRONOMETRADOS
13h às 13h20 – MX3
13h30h às 13h50 – Júnior
14h às 14h30 – MX1
14h40 às 15h10- MX2

PROVA
15h40 – MX3 – 20min. + 2 voltas
16h20 – Pódio

 

DOMINGO – 14 de junho

WARM UP
9h às 9h20 – Júnior
9h30 às 9h50 – MX1
10h às 10h20 – MX2

PROVAS
11h20 – Júnior – 20 min. + 2 voltas
11h50 – Pódio categoria: Júnior
12h – Cerimonial
12h30 – MX1 – 1ª Bateria – 30 min. + 2 voltas
13h20 – MX2 – 1ª Bateria – 30min. + 2 voltas
14h30 – MX1 – 2ª Bateria – 30min. + 2 voltas
15h10 – Pódio categoria: MX1
15h30 – MX2 – 2ª Bateria – 30min. + 2 voltas
16h20 – Pódio categoria: MX2