Balbi Junior aproveita folga no Brasileiro de MX e faz mini pré-temporada nos Estados Unidos

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Piloto ocupa a quarta colocação no Brasileiro de MX e é um dos convocados para o MX das Nações – Foto: Mau Haas / BRMX

Antonio Jorge Balbi Júnior aproveitou a folga de três semanas no calendário do Brasileiro de Motocross e foi aos Estados Unidos aperfeiçoar sua pilotagem e motocicleta. De volta ao Brasil, ele garante estar motivado para a disputa da categoria MX1 na sétima etapa do campeonato, que acontece no fim de semana, 11 e 12, em Anchieta, Espírito Santo.

Logo após a sexta etapa do Campeonato Brasileiro de Motocross, você viajou aos Estados Unidos. Existiu alguma razão especial?
Tive vários motivos para fazer esta viagem. Com a pausa de três semanas no calendário nacional, aproveitei para ir para minha casa, em Perris, no Sul da Califórnia. Minha irmã, Mariana, está lá desde o início do ano, onde disputa a categoria WMX no AMA Motocross. Somos bastante ligados, estávamos com muita saudade. Além disso, a região conta com diversas pistas e pilotos rápidos. Esta, na verdade, foi minha principal motivação. Eu também precisava resolver algumas coisas sobre um projeto que estou desenvolvendo.

Como foram seus treinos neste período?
Foram demais! Em cerca de 30 minutos da minha casa, existem pelo menos umas dez pistas de motocross. Treinei muito e confesso que estou feliz, pois fazia tempo que não conseguia atingir este ritmo no Brasil. Estive em Glen Hellen, Lake Elsinore, Pala, Perris e Star West. Minha irmã treinou comigo e também fui acompanhado pelo experiente treinador Ryan Hugles, com quem trabalho há algum tempo sempre que venho aos Estados Unidos. Preciso ter mais contato com o motocross americano. Do primeiro para meu ultimo treino, que foi na terça-feira, consegui evoluir de uma forma que dificilmente consigo fazer no Brasil.

Então, foi uma excelente preparação para o restante da temporada?
Acredito que sim. Foram pouco mais de 15 dias, mas eu trabalhei bastante e fiquei contente com alguns acertos que geralmente faço antes de a temporada começar. O início do ano foi conturbado, cheio de lesões, e mesmo depois de me recuperar, tive dificuldades por não conseguir testar e acertar a moto 2012, além de não ter treinado com intensidade, dia após dia. Depois que a temporada começou, tivemos muitas corridas seguidas e não havia tempo para mudar a moto, ganhar velocidade e melhorar o preparo físico. Aqui, tive a oportunidade de testar a suspensão, também modifiquei o chassi da motocicleta. Foram dias valiosos, aproveitei cada segundo e me sinto mais confortável para as próximas corridas.

Neste fim de semana acontece a sétima etapa do Brasileiro. Qual é a sua expectativa?
Sinceramente, não quero criar nenhuma expectativa. Após uma longa análise, percebi que em poucas vezes andei nas corridas como faço nos treinos. Em algumas ocasiões, fui tão obcecado pela vitória que me travei. Além de não vencer, acabei tendo um desempenho muito abaixo do meu potencial. A única coisa que espero para esta etapa é correr como faço nos treinos. Se isso acontecer, com certeza todos irão me ver sorrindo no fim da prova.

Ainda restam duas etapas e 100 pontos na briga pelo título. Você ainda acredita que pode ser campeão?
Eu sou o quarto colocado na tabela da MX1, mas apesar da diferença para o líder ser grande, a chance existe. Já vi muita coisa acontecer neste esporte. Tento não me preocupar com isso. Muitas vezes já tive esta responsabilidade, a de ser campeão, mas agora ela está sobre o Carlos Campano e o Adam Chatfield. E todos sabem o quanto é difícil lidar com a pressão.

Como você avalia sua temporada até agora?
Ela não foi das melhores, principalmente por eu ter me lesionado no início do ano e não ter conseguido fazer a preparação necessária, mas não posso dizer que ela está sendo ruim. Venci provas e fui convocado para representar o país no Motocross das Nações. Por diversas vezes fui o mais rápido na pista, mas nem sempre consegui transformar isso em vitórias. Estive no pódio em todas as etapas da Superliga e do Brasileiro, exceto em Carlos Barbosa, Rio Grande do Sul, quando me acidentei e não completei a primeira bateria. Estou melhor a cada dia, mas sei que posso render ainda mais. Espero ter bons resultados nas corridas restantes. Estou muito motivado e a vontade de vencer é grande. Junto com a minha equipe, a Pro Tork 2B Kawasaki Racing, vou continuar trabalhando firme. Gostaria de agradecer o suporte de todos os meus patrocinadores e a força que a minha família e fãs me passam.

* Entrevista divulgada pela assessoria de imprensa Pro Tork 2B Kawasaki Racing